O assunto que dominou os debates na manhã desta quarta-feira (14), foi o projeto de regulamentação do edital de chamamento de Organização Sociais para terceirizar a administração das principais unidades de saúde de Rio Branco. Na tribuna, o deputado Nelson Sales (Progressistas) ironizou a iniciativa de Sebastião Viana. “Se governador aplica calote no bispo, imagine o que fará com a OS que administrar o PS”, disse o oposicionista, ao recordar uma dívida da administração estadual com os Hospital Santa Juliana.
“Com a terceirização se passa a responsabilidade da saúde pública a empresas terceirizadas, ou seja, Organizações Sociais, como define o governo do Acre. Se esse governo atrasa repasse para Diocese que administra o hospital Santa Juliana, para OCIPs do Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul – Hospital das Clínicas da capital e dos plantões de servidores da saúde. Como vai ficar quando esse governo atrasar o pagamento da OS? Vai todo mundo para Unimed ou para casa do Sebastião Viana? O estado não conseguiu suprir as necessidades da saúde me nenhum momento mesmo tendo um médico no comando”, diz Sales.
O oposicionista disse que tem recebido informações de gestores que em todas as regionais não tiveram investimentos significativos na atual administração. “Todo paciente que adoece no interior vem para o PS. As gravidas procuraram a maternidade de Rio Branco. Municípios como Capixaba não tem uma porta bancada pelo Estado para atender a população. Daí o governo vem com a proposta de terceirização. Isso quer dizer que ele vai lavar as mãos. Ele está tentando inviabilizar as ações de um futuro governador”, destaca Sales.
Para o parlamentar, Sebastião Viana, em seu último ano de mandato não poderia enviar um projeto para firmar um contrato de mais de quatro anos com uma Organização Social. “Não interessa quem seja o governador eleito este ano, mas o atual está trabalhando para prejudicar a próxima administração. Esse projeto de terceirização da saúde poderá ser aprovado nesta Casa, mas eu não avalizo. Eu não vou assinar um cheque em branco para uma instituição que ninguém sabe de onde vem para administrar os recursos da saúde do Estado”, finaliza Sales.