Muito longe de buscar a unidade da oposição, a pressão dos dirigentes do MDB em vetar as indicações dos deputados federais Major Rocha (PSDB) e Alan Rick (DEM) para um deles ser vice na chapa do candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP), e exigindo que seja o Coronel Ulysses Araújo (sem partido), longe de chegar a uma unidade espatifou a coligação de partidos que apóia Gladson Cameli (PP) ao governo. Ontem houve um jantar que reuniu Flaviano Melo, Vagner Sales, Márcio Bittar e o Coronel Ulisses (sem partido), com estes lhe dando a total garantia que seria o vice. Eu pensei que o candidato ao governo fosse o Gladson! Hoje pela manhã, os deputados Jairo Carvalho (PSD), Luiz Gonzaga (PSDB), Wendy Lima (PP), Nelson Sales (PP) e Gehlen Diniz (PP) assinaram uma nota de desagravo e apoio à indicação do deputado federal Major Rocha (PSDB) para vice de Cameli. Não aceitam a chegada de pára-quedas do Coronel Ulysses, que nem partido tem, sem expressão partidária e política para ser o vice, que há bem pouco era muito ligado ao governador Tião Viana, em detrimento de lideranças antigas da oposição. Para a manhã desta quinta-feira está marcada uma reunião das executivas do novo DEM e do PSDB para tirar uma posição conjunta que não contempla apoio ao Ulisses. Deve sair uma nota do DEM e PSDB neste sentido.
PERGUNTAS DOS DEPUTADOS
Deputados que assinaram ontem a Nota de apóio à indicação do deputado federal Major Rocha, faziam as seguintes perguntas, em conversas na ALEAC: qual o partido que Ulysses Araújo traria para a coligação? Quanto votos ele já teve nas urnas? Foras suas conhecidas ligações com o governador Tião Viana, quais suas ligações dentro da oposição? Em que Gladson Cameli (PP) ganharia com isso? O Gladson Cameli conhece o Ulisses suficiente para lhe colocar como vice e eventual substituto se ganhar a eleição? Que garantia de lealdade teria? Pelo visto, as imposições de Bittar e Flaviano trouxeram foi mais confusão ao Gladson.
UM PRESENTE AO VELHO BOCA
A indicação de Ulisses Araújo (sem partido) também seria um golpe nos candidatos a deputado federal. Ele colocaria Tião Bocalom debaixo do braço e jogaria toda a estrutura de vice em cima dele, em detrimento dos demais candidatos a uma vaga na Câmara Federal. Por isso Bocalom por trás da cortina é o maior incentivador para que Ulisses aceite ser o vice.
PODE ACABAR AMANHÃ
Caso o senador Gladson Cameli (PP) não chegue amanhã e diga que pelo fato de não ter se conseguido uma unidade ele escolherá o nome dentro dos partidos que o apoiam e que lhe inspira confiança e que pode somar na sua chapa, vira refém. Se não fizer isso e vier ganhar a eleição, o seu governo será de confusões. Em política quem aceita ser refém não vai longe Mais notícias no BLOG DO CRICA .