O pré-candidato ao governo do Acre, Gladson Cameli, vem atuando como bombeiro nas últimas 24 horas para apagar o incêndio provocado pela decisão do MDB em se retirar do debate sobre a escolha de vice na chapa majoritária progressista. Ele informou no início da tarde desta sexta-feira (2) que conversou longamente por telefone com o presidente regional do MDB, o deputado Flaviano Melo e teriam chegado a um entendimento para manter o apoio emedebista.
“Conversamos por quase duas horas ao telefone. Flaviano disse que não estava abandonando o barco. Tenho honrado todos os prazos para ninguém dizer que não cumpro minha palavra. Em nenhum momento eu iria anunciar o nome do vice por telefone ou por notícia de site. Eu vou anunciar o vice com a presença de todos os partidos até o dia 15 de março. A escolha vai ser democrática e será debatida entre as agremiações que apoiam nossa candidatura”, diz Gladson Cameli.
Segundo Cameli, o mal estar foi causado após a divulgação em jornais que ele teria definido o nome de Mara Rocha (PSDB) para ser sua vice. “Eu não faltaria com o respeito de fazer uma anúncio desta natureza sem consultar todos os partidos que estão caminhando comigo. O que não posso fazer é entrar numa briga pessoal entre PSDB e MDB. Acredito que os líderes dos dois partidos precisam conversar, aparar as arestas e seguirmos unidos para eleição”.
Gladson Cameli destaca que Flaviano Melo pediu garantias que o nome do vice seria discutido num ambiente democrático. “É bom deixar claro que o MDB não quer indicar o vice. O que eles defendem é que seja escolhido um nome com qualificação técnica, que possa nos ajudar a governar o Estado com eficiência, responsabilidade, transparência e dedicação que um novo projeto administrativo precisa para ter sucesso e levar o desenvolvimento para todo o Acre”.
O pré-candidato informa que manteve contato com o presidente do PSDB, o deputado federal Major Rocha, colocando sua preocupação com a unidade do bloco de oposição. “Deixei nítido que o PSDB tem um candidato a presidente da República, que nós vamos apoiar. É preciso apoiar também o Rocha para que ele seja reeleito, já que é um brilhante parlamentar e representa muito bem os interesses do Acre no Congresso Nacional”, ressalta Gladson Cameli.
Ele espera ainda por uma definição do Democratas de Tião Bocalom e Alan Rick. “Liguei para o Bocalom e disse que minha preocupação é com meu partido. Quero dizer e deixar bem claro que considero página virada os ataques que sofri quando ele foi aos meios de comunicação afirmar que eu enganei os líderes de oposição. Eu não tenho nada a ver com a disputa interna do DEM. Tenho amizade e mantenho diálogo com os membros do Democratas, através de Alan Rick”.
Cameli afirma que sua preocupação maior seria com os problemas do Estado, não com o controle de partidos aliados. “Tenho meu partido para me preocupar. Quem fez a intervenção no DEM foi a direção nacional que quer dissolver todos os diretórios regionais, não apenas o do Acre. É preciso que todos saibam que essa destituição dos dirigentes do Democratas é uma questão nacional e jamais partiu de minha pessoa pedir para mudar dirigentes”, ressalta.
O senador destaca que ficou combinando com o MDB que qualquer passo no sentido de definições na chapa majoritária seria comunicado aos dirigentes emedebistas. “Pedi que essa semana de prazo para que DEM e PSDB entrem em consenso. Meu vice será aquele que tiver a capacidade de me ajudar a administrar o estado. Não vou sofrer pressões por situações particulares e pessoais de dirigentes. Não podemos manter esse cabo de guerra”.
Para Cameli, o MDB é um partido importante no contexto da oposição. “O MDB e todos os partidos que nos apoiam são importantes nessa caminhada. A escolha do vice será objeto da análise coletiva. Vou chamar os partidos, chamar a imprensa e farei o anúncio no mês de março. Chega de desgaste desnecessário. Precisamos demonstrar união para que a população tenha confiança e nos ajude a fazer projeto de alternância de poder que nosso Acre precisa”, finaliza.