A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgaram os números do Indicador de Inadimplência dos jovens brasileiros. Os dados apontam que, apesar da diminuição de 21,96% no índice de jovens entre 18 e 21 anos negativados, 44,8% das dívidas contraídas por esta faixa etária tem origem bancária. Ao ampliar o parâmetro e considerar toda a população brasileira, o índice sobe para 50,8%.
Para além da necessidade de realizar um planejamento financeiro próprio e, desta forma, ponderar as despesas, a contração de dívidas junto às instituições financeiras pode ser um empecilho no âmbito da educação, especialmente no que tange ao acesso à graduação. O “nome sujo” restringe a aquisição de financiamentos e créditos estudantis, que são exigidos para aderir a financiamentos estudantis.
Consequentemente, os jovens esbarram em contratos de financiamento definidos por faculdades ou deparam-se com programas como o P-FIES (Programa de Financiamento Estudantil), destinado à concessão de financiamento em cursos superiores não gratuitos, cujas condições são definidas entre o banco, a instituição de ensino superior e o estudante. Diante deste cenário, os jovens interessados em cursos de ensino superior devem buscar a diferença entre os programas a fim de diminuir os custos da graduação.
Entre as alternativas está a adesão ao Educa Mais Brasil 2018, o maior programa de inclusão educacional do Brasil que dispõe de bolsas de estudo de até 70% destinadas às pessoas que não podem arcar com o valor integral das mensalidades.
A condição socioeconômica é mencionada no momento da inscrição, mas, ao contrário dos programas tradicionais de financiamento, não há a necessidade de comprovação de renda ou de envio de documentos ao Educa Mais Brasil. Outros dados do estudante podem ser solicitados e/ou verificados pela instituição de ensino que disponibilizou a bolsa de estudo a fim de confirmar as informações fornecidas no ato da inscrição.
Dividas atingem outros setores
O Índice de Inadimplência revelou também que, além dos bancos, os jovens também possuem dívidas com setores como o comércio (29,9%), comunicações (14,7%), além de água e luz (1,8%). Entre a população geral, o comércio é também o segundo setor com maior dívida contraída (18,5%), seguido pelas pendências com água e luz (7,8%).