A ex-governadora Iolanda Lima, que mora há 32 anos no Residência Petrópolis, localizado na Nova Avenida Ceará, antiga Estrada Dias Martins, em uma área considerada nobre, na cidade de Rio Branco, quer saber quem liberou as licenças para construções às margens de um córrego que escoa a água das chuvas. Ela informa que sua casa foi uma das atingidas na enxurrada provocada por mais de 10 horas de chuva na noite da última terça-feira (14) na capital.
Iolanda destaca que não se trata de questão política, nem “defesa de lado A ou B”, mas ela estaria apensa querendo explicações dos órgãos ambientais e da administração municipal sobre as obras que se multiplicaram em uma área considerada de preservação, próximo à sua casa. “Toda área da frente era área verde, depois que ocuparam toda área verde com residências e prédios comerciais, desviando o curso natural do igarapé”, ressalta.
Segundo ela, todas as casas do residencial Petrópolis sofrem com o problema de infiltração. “Não estou querendo politicar por ter exercer cargos de oposição a atual administração. Nunca denunciei porque antes o incomodo era menor. Quero apenas uma investigação para que averiguem se as edificações que margeiam o igarapé foram devidamente licenciadas. Há muito tempo tem acontecido chuvas fortes, mas antes não tinha dado problemas”.
Segundo Iolanda Lima, quando ela comprou sua casa foi sabendo dos detalhes do projeto, que anos depois, muitas edificações foram ampliadas e outras construídas sem que as questões ambientais fossem respeitadas. “Estou defendendo meu patrimônio, minha casa vive cheia de infiltrações, se ela é a avaliada em R$ 800 mil, eu não pego R$ 200 – é o único bem que tenho e não quero que ele seja depreciado por culpa de terceiros”, enfatiza.
A ex-governadora afirma que é uma obrigação dos órgãos ambientais e do poder público municipal fiscalizar se há obras irregulares em área verde e às margens do igarapé. “As construções margeando o igarapé deram problema. É preciso saber quem fez, quem comprou as casa numa área verde, quero saber se houve a liberação da prefeitura. Estou acordada desde às 4 horas, com o esgoto transbordando e preocupada com minha casa ameaçada pela água”, finaliza.