Quando criança, na minha terra, o Carnaval reunia as famílias na praça do vilarejo: havia máscaras, jogos de corrida, água arremessada nos demais, comidas típicas à vontade.
No Acre conheci outro Carnaval: rei Momo, blocos da Base, bloco do Urubu cheiroso todos desfilando no Centro da Cidade.
Com chuva ou sem chuva todos brincando, de dia e de noite.
Em seguida passamos à fase da violência: um ano nos bairros, outro ano na Arena da Floresta para ter mais segurança.
Uma vez com verbas públicas, outra vez com verba de empresários.
As paróquias católicas e as comunidades evangélicas começaram a se distanciar deste Carnaval e preferiram seus retiros nos lugares mais afastados, sem bebida, sem sexo, mas com orações, pregações, cantorias, Missas e Confissões.
Assim, hoje temos carnavais muito diversificados, que em comum deverão ter todos eles a experiência agradável da alegria coletiva, um descarrego de tantos problemas que nos estressaram ao longo do ano, o respeito da diversidade e a segurança física de todos.
Afinal, todos precisamos destes dias, mas cada um decide como aproveitá-los.
Eu pessoalmente digo que a alegria sem Cristo está fora do entendimento e seria causa de vazio e de lamento.
Bom carnaval para todos.
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