O presidente regional do Partidos dos Trabalhadores, Daniel Zen, informou na manhã desta quarta-feira (7), que protocolou junto ao Ministério Público eleitoral, um pedido de instauração de procedimento investigatório para apurar supostos crimes eleitorais cometidos pelos senadores Sérgio Petecão (PSD) e Gladson Cameli (PP), citados pelo pré-candidato ao Senado, Márcio Bittar (MDB) em uma gravação de uma reunião que vazou nas redes sociais.
“Em gravação que circulou ficou denunciado por uma pessoas da própria oposição a prática de crime eleitoral. Estou pedindo que MPE instaure um inquérito para investigar se as declarações foram verdadeiras ou se foram bravatas. Se foram bravatas isso demonstra a falta de caráter de um político que imputa a um aliado a suposta prática de crime eleitoral. Se um aliado imputa a mim a prática de um ilícito, isso tem que ser investigado”, diz Daniel Zen.
Segundo o petista, dentre as várias coisas que mencionadas por Márcio Bittar, duas chamaram a atenção pela gravidade. “Márcio Bittar diz que Fernando Lage arrumou um milhão para campanha de Petecão nas eleições de 2010 – o que pelo que se entende não foi registrado na prestação de contas de Petecão. Consta que Lage fez duas doações, uma de 30 outra de 50”. Daniel Zen destaca ainda que há presunção de crime na arrecadação da futura campanha de Gladson Cameli.
Para o petista, a fala de Márcio Bittar, que o pai de Cameli poderá levantar 30 milhões em espécie pode significar um crime grave. “Trata-se do planejamento de uma conduta ilícita. Se ficar comprovado crime eleitoral que o MP possa ajuizar a ação eleitoral ou ação civil e que o judiciário possa se debruçar sobre isso”, diz Daniel Zen, que destaca que anexou um vídeo do deputado federal Major Rocha (PSDB) afirmando que há crime nas declarações de Bittar.
A representação com pedido de investigação protocolada por Daniel Zen (PT), que acusa Sérgio Petecão (PSD) por suposto crime eleitoral relatado em áudio de Márcio Bittar (MDB), revoltou o deputado estadual Jairo Carvalho (PSD). Em tom de revolta, Carvalho afirma que a denúncia é falta do que fazer do presidente regional do PT, que tenta criar fato político com base em “fofoca de internet”.
Jairo Carvalho revelou ainda que não pretende dar o seu segundo voto a Márcio Bittar. “O pré-candidato ao Senado do MDB tem que criar vergonha na cada e ir trabalhar sua campanha, já que meu segundo voto ele não vai ter. Quero repudiar também a representação do presidente do PT, o deputado Daniel Zen. Essa representação dele pra mim e merda é a mesma coisa”, dispara.
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