Os deputados Gerlen Diniz (progressistas) e Eliane Sinhasique (MDB) surpreenderam as autoridades presentes na manhã desta terça-feira (6) na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e fizeram um discurso conciliador em torno da questão dos problemas na área de segurança pública. Em tom moderado, os oposicionistas pregaram a união dos poderes para combater à criminalidade e colocar um ponto final na guerra de facções.
Apesar de nos últimos três anos de mandato fazer uma linha critica ao governo petista, Gerlen Diniz disse as autoridades presentes que a principal crise no Estado é na segurança. “Não quero atribuir a responsabilidade inteira ao governo do Acre. Sabemos que o governo federal tem um papel importante que não vem cumprindo. Não vejo uma força tarefa tratando do tema segurança pública. Fala-se apenas em reforma previdenciária”, destaca o deputado de oposição.
Para Diniz, apesar do que ele classifica como omissão do governo Temer em buscar soluções para a segurança, o governo do Acre não pode se omitir a apenas criticar a União. “Durante muito tempo negou-se a existência do crime organizado no Estado. Não culpo a secretaria porque sem os meios ela não terá como fazer o combate. Sem investimento em inteligência, equipamentos e contratação de profissionais não venceremos essa crise que atravessamos”, destaca.
Gerlen demonstrou preocupação com a atuação da bancada federal para reivindicar mais investimentos na área de segurança. “Não se ver uma força tarefa tratando do tema segurança. Precisamos que os representantes federais discutam o endurecimento nas leis, a garantia que as leis serão aplicadas. Nós deputados estaduais não podemos fazer isso, tudo é debatido em âmbito nacional, mas não vejo essa mobilização”, disse ao se colocar à disposição.
Eliane Sinhasique seguiu a mesma linha de Gerlen Diniz. Destacando a necessidade da atuação da oposição na fiscalização do poder público, Sinhasique disse que o bloco de oposição vai continuar apresentando as reivindicações da população para o governo possa resolver e seguir novos direcionamentos. A oposicionista prometeu debater sempre no campo das ideias, em alto nível, duro quando necessários, mas incisivo e incisivos para atender a população.
“Este parlamento é um dos mais independentes desde que essa Casa foi criada em 1962. Esta legislatura derrubou nove vetos do governado. Esta legislatura provou que não faz apenas aquilo que o governo quer como ouvimos em legislaturas anteriores. “Cada deputado traz para dentro dessa casa a vontade que bate no coração de cada pessoa. Quando a gente sente que é necessário derrubar um veto para beneficiar a população, nos derrubaremos”.
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