O delegado aposentado Walter Prado criticou na manhã desta terça-feira (6) o critério político na escolha de cargos estratégicos na área de segurança do Acre. Ele acredita que o conhecimento técnico não pode ser deixando de lado em detrimento de acordos com dirigentes partidários que buscam apenas espaço e cargos comissionado na estrutura da máquina pública comandada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e legendas que integram a Frente Popular do Acre (FPA).
Sem citar o nome do cientista social Aberson Carvalho, que deixou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Branco, para assumir o direção do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN), por indicação do presidente do PDT, Luiz Tchê, Prado destaca que o Estado enfrenta uma guerra contra a criminalidade onde o aspecto técnico de gestores é indispensável para fazer o enfrentamento e chegar a uma solução para sensação de insegurança.
“Sabemos que apesar da instalação dos bloqueadores de celular nos presídios de Rio Branco, muitas ordens para execuções de membros de facções ainda partem de dentro do complexo prisional. Este não é um ambiente adequado para satisfazer a fome de cargos dos acordos com partidos aliados. Precisamos de pessoas com capacitação e profundo conhecimento na área de segurança nos cargos estratégicos. Esse não é um ambiente político”, afirma Walter Prado.
Ele afirma ainda que ao defender a escolha técnica não estaria criticando o governo, mas o modo de governar da administração Sebastião Viana. “O eleitor assinou uma procuração para o atual mandatário, o que não pode ser considerado um cheque em branco para ser usado de qualquer forma. O eleitor espera que esse gerente escolha os assessores com maior capacidade, as melhores qualidades técnicas para cuidar da segurança do povo”.
Walter Prado destaca que sua maior preocupação é que alguns gestores na área de segurança não reúnam experiência no momento de uma enorme urgência em resolver questões que impactam diretamente na segurança da população. “Veja bem, não estou torcendo contra, até porque sou um operados de segurança, mas em situações de emergência o conhecimento técnico vem em primeiro lugar. A concessão de cargos não pode representar risco para segurança do povo”.
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