O ex-deputado federal Márcio Bittar (MDB) conseguiu com uma único áudio desagradar todos os seus aliados do bloco de oposição. Durante uma reunião que teria sido gravada por um dos participantes, Bittar fez declarações polêmicas sobre Vagner Sales (MDB), Sérgio Petecão (PSD), Major Rocha (PSDB) e Gladson Cameli (Progressistas), que foi o alvo central da avaliação do pré-candidato ao Senado pelo MDB, partido que é presidido pelo deputado federal Flaviano.
Segundo Bittar, a intenção de Gladson Cameli seria escolher um vice de sua confiança para abandonar o mandato de governador no último ano e volta ao Senado. Procurado pela reportagem, Cameli disse que nunca fez esse tipo de comentário com Márcio Bittar. Ele nega ainda que Eládio Cameli, seu pai, esteja planejando colocar R$ 30 milhões em sua campanha. “Serei governador e ficarei no mandato até o final, a população não vai se arrepender de votar em mim”, enfatiza.
“Minha preocupação é com a situação econômica e os problemas que o Estado tem. Principalmente, na área de segurança. Estou como senador da república em um mandato que ainda tenho mais de quatro anos pela frente, ou seja, se minha inquietação fosse apenas mandato, eu ficaria como senador que é relativamente mais tranquilo. Hoje sou pré-candidato nem ganhei o governo ainda, como é que vou fazer exercício de adivinhação do que vai acontecer daqui a quatro anos? Acho uma atitude precipitada a pessoa falar sem conhecimento”, diz Cameli.
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Além de alfinetar Bittar, Gladson Cameli cutucou a administração petista. “Eu não vou antecipar qualquer fato, eu tenho compromisso com a sociedade. Quero dizer que eu tenho capacidade, estou pronto e preparado para governar e colocar o Acre e as pessoas em primeiro lugar, não fazer adivinhações e antecipar fatos políticos. Eu tenho compromisso com o eleitor e com os partidos que me apoiam. Acredito que o momento é de trabalharmos juntos para tentar resolver a situação do Estado, não pensar em projetos pessoais”, destaca.
Descartando completamente as declarações de Márcio Bittar, Cameli destaca que o eleitor não quer saber de quem pensa apenas em articulações políticas. “É assim de Assim Brasil a Foz do Breu, a grande preocupação da sociedade é com a questão da segurança. Vamos seguir a vontade do povo, vamos elaborar um bom plano de governo, vencer as eleições e escolher um secretário que tenha autonomia e pulso para resolver a questão da segurança. É o momento de colocarmos nosso povo em primeiro lugar, deixando projetos pessoais de lado”.
Sobre a questão da campanha política, eu vou seguir rigorosamente a legislação eleitoral. Não sei de onde surgiu esse boato que meu pai vai colocar R$ 30 milhões na campanha. Isso não passa de ilações. Estamos atravessando uma crise financeira sem precedentes. Nossa campanha vai ser pé no chão, olho no olho, no corpo a corpo, vou gastar sola de sapado e deixar minha mensagem para o eleitor saber que estará dando um passo seguro rumo ao futuro. Volto a repetir: Serei governador e a população não vai se arrepender de votar em mim”, finaliza Cameli.