Quem é o autor do áudio que causou um tsunami dentro da oposição? Esta é a pergunta que não quer calar entre dirigentes partidários, pré-candidatos e militantes, tanto da oposição quando da situação. O deputado Major Rocha (PSDB), que atuou muitos anos como policial militar, resolveu arriscar um palpite. Mesmo sem divulgar o nome, sobre quem seria o araponga que espatifou a frágil união dos principais líderes oposicionistas, Rocha deixa nas entrelinhas que o ex-deputado Jamyl Asfury (PEN) teria gravado a reunião que Márcio Bittar (MDB) solta o verbo, critica e faz revelações graves contra seus aliados.
“Sobre essa polêmica gravação onde o senhor Márcio Bittar detona toda a oposição. Uma fonte segura me afirmou que o araponga, o tal espião que gravou a reunião secreta, foi alguém ligado e mandado pelo governo do PT. Alguém que trabalha nessa área é que tem parentes próximos nos 2º e 3º escalões do governo Tião Viana”, diz Major Rocha, ao plantar a suspeita sobre Jamyl Asfury, que tem parentes ocupando cargos de confiança nas administrações petistas, disputou a reeleição numa coligação com o PT e apoiou a reeleição do prefeito de Rio Branco, Marcus Viana (PT) nas últimas eleições municipais.
Rocha destaca que “ainda segundo minha fonte, a arapongagem foi planejada depois de outras duas reuniões que tiveram como pauta única detonar a oposição. É interessante ver a “inteligência” de alguns políticos que, por ingenuidade ou maldade, se reúnem com a cozinha da FPA, pessoas que dependem financeiramente do PT, para falar besteira. Ouvi a gravação e confirmei aquilo que a fonte me disse, basta ver as vozes que aparecem com mais nitidez e que certamente estão próximas ao gravador. Lamentavelmente tenho que reconhecer que os petistas, mais uma vez, conseguiram infiltrar vários espiões dentro da oposição. Espiões que participam até de rodadas de fofoca”.
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A reportagem de ac24horas entrou em contato com o ex-deputado Jamyl Asfury. Ele informou que estaria em viagem com a filha que vai estudar fora do Estado e disse que estava surpreso com as suspeitas do deputado federal Major Rocha. “Não tem nada a ver o que Rocha insinua. Essa reunião não foi para tratar de questões que envolvam os líderes da oposição. Não foi reunião secreta, foi um encontro para falar de política e dos interesses do Estado. Participei do encontro como faço com quem tentar estreitar relações comigo. Não tenho inimigos na política, mas adversários que lutam pela população em trincheiras diferentes”.