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Com um aliado como o Márcio Bittar o Gladson nem precisa de adversários

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Nelson Liano Jr.

Imagino que toda essa polêmica das declarações gravadas do pré-candidato ao Senado Márcio Bittar (PMDB) sobre o Gladson Cameli (PP) vai terminar num abraço. Foi assim faz pouco menos de um mês quando Bittar disse que “nem de longe Gladson era o seu candidato ideal ao Governo.” Cameli perdoou e tudo seguiu normalmente. Só que dessa vez o áudio vazado é mais perigoso porque inclui especulações sobre dinheiro de campanha. Outro ponto é que Bittar deixa claro que não desistiu das suas pretensões de ser governador do Acre. Se imagina o sucessor do Gladson que, segundo o áudio, não terminaria a gestão para voltar ao Senado. É uma loucura que mostra um jogo de interesses pessoais entre os “caciques” da oposição. Bittar também se considera eleito senador. Mas isso sempre é melhor combinar com os eleitores. Lembro que na campanha de 2006 Bittar foi me conceder uma entrevista na Juruá FM e também achava que venceria fácil o seu adversário Binho Marques (PT), que nunca quis saber de política eleitoral. O resultado todos conhecem.


Sem perder tempo
O presidente do PT do Acre, deputado estadual  Daniel Zen (PT), nem deixou o cadáver das declarações calamitosas esfriarem e já se manifestou nas redes sociais. Na nota Zen fala: “sobre as revelações de suposta prática de crime eleitoral, com uso de recursos não contabilizados, constituindo financiamento ilícito de campanha.” E completa: “Mencionou o suposto uso de R$ 1 milhão, não declarado, na campanha de uns, falou de 30 milhões para a campanha de outros”.


Questão judicial
Zen vai pedir uma investigação criminal pelo Ministério Público Eleitoral. Que patuscada. Um aliado comprometendo o outro. Tudo por ambição. O que aconteceu é muito sério. Resta saber como o ex-prefeito Vagner Sales (PMDB) entenderá todo esse caso. Já que também foi citado por Bittar e é o responsável pelo PMDB abraçar essa candidatura.


Não aprendem
Mesmo depois de várias derrotas seguidas para o PT o pessoal da oposição continua a fazer uma política de “a farinha é pouca meu pirão primeiro”. Com Gladson terão a maior chance dos últimos anos de vitória. Mas o fogo que está destruindo a sua candidatura vem de dentro da própria oposição.


Sem renovação
O PMDB tinha vários nomes novos para apresentar para o Senado como a Eliane Sinhasique (PMDB) ou o Roberto Duarte (PMDB). Mesmo o eterno Flaviano Melo (PMDB) pela sua experiência seria mais interessante como candidato majoritário do partido que o Bittar que chegou ontem na legenda. Estão apostando as fichas num “estranho no ninho”.


Empoderado
Enquanto isso o desafeto de Bittar, deputado federal Major Rocha (PSDB) está comemorando. Naquele tom de: “viram como eu tinha razão?” Por outro lado, o Petecão terá muitos argumentos para pedir para mudarem o seu companheiro de chapa na oposição. Que confusão louca.


Persistir no erro…
O Bittar já tinha sido gravado pelo Rocha numa convenção dos tucanos com alegações comprometedoras. Em relação ao Gladson é a segunda vez que têm seus áudios vazados nas redes sociais. Tem um ditado que diz: errar é humano, mas persistir no erro…


Sinuca de bico
O pior é que o Bittar colocou o Gladson numa situação delicada. Se brigar poderá perder o apoio do PMDB e dos partidos comandados pelo ex-deputado, o Solidariedade, o PTB e o PPS. Se ficar quieto vai mostrar não ter pulso para resolver uma crise. Um aliado assim vale ouro, para os adversários.


Um dia de caos no Brasil
O julgamento do ex-presidente Lula (PT), em segunda instância, no TRF, em Porto Alegre (RS), deverá desencadear manifestações dos partidos aliados do PT em todo o Brasil. Como o outro lado torce por uma condenação que tiraria Lula do jogo sucessório da presidência da República, em 2018, as possibilidades de confrontos serão enormes. O fato que só existe uma maneira, na minha opinião, de esgotar o poder político que o Lula ainda tem, uma derrota nas urnas. O próprio presidente Temer (PMDB) admite que uma eleição sem o petista não seria representativa de todos os setores da sociedade brasileira. Outro fator a ser considerado é que as provas não são irrefutáveis. Ainda que para parte do imaginário popular anti-PT Lula devesse ir para a cadeia. Esse julgamento coloca o Brasil num caminho perigoso. Acredito que as decisões numa democracia devem ser tomadas pelos votos dos eleitores. Uma cassação da candidatura do Lula, e não vou entrar no mérito jurídico se as prova são ou não válidas, porque não sou advogado, criará uma instabilidade maior ainda do que a gente tem vivido nos dois últimos anos. Quem ainda tem dúvida de que o impeachment da ex-presidente Dilma (PT) foi político? Tem um ditado que diz que a voz do povo é a voz de Deus. Então deixe a vontade divina se manifestar em 2018 através do julgamento popular do voto que tem sempre provas irrefutáveis.


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