“Temos as melhores polícias. A nossa Polícia Civil já alcançou o título de a polícia com maior resolutividade de casos no país. Nosso policiais militares são dedicados nas ruas, mas falta investimento em tecnologia”, disse o delgado aposentado Walter Prado, que sugere a compra de drones para auxiliar investigadores a mapear e a identificar possíveis rotas de fuga nos bairros e pontos de venda de entorpecentes na cidade de Rio Branco.
Segundo Prado, as polícias estariam sem as devidas condições de trabalhar e apresentar uma resposta positiva à população. “Visitei algumas delegacias e é visível o estado de abandono que se encontram. Conversei com delegados e eles são categóricos em afirmar que a Polícia Civil precisa investir em tecnologia para se colocar a um passo à frente dos criminosos que atuam nos bairros de Rio Branco. O monitoramento com drones pode fazer a diferença.
Para o delegado aposentado, as polícias estão numa guerra desigual contra o crime organizado. “O drone é um recurso de guerra na cruzada contra o tráfico de drogas, já que o governo afirma que esse é nosso maior problema. Estamos falando de um investimento relativamente baixo, mas que pode mudar a forma de ação dos agentes públicos de segurança e das operações policiais. Com o dinheiro da compra de uma viatura, o governo compraria vários drones”, diz Prado.
Walter Prado justifica que os drones são guiados a distância, facilitando a organização dos policiais durante operações e ocupações de localidades onde sejam executadas operações. “É um recurso de grande utilidade do ponto de vista econômico, menor e mais preciso. Principalmente para adentrarmos em áreas mais populosas. Muitas vezes, perdemos tempo procurando um determinado alvo em solo, quando poderíamos fazer isso pelo ar”.
Recursos para o investimento na compra dos drones não estaria faltando, segundo Walter Prado. “O governo não pode reclamar de falta de recursos para um investimento relativamente baixo. Apesar de informações contraditórias, o governo federal tem contribuído com a área de segurança do Estado. Estamos falando do valor de uma viatura que daria para comprar as aeronaves não tripuladas. Em uma guerra, o uso da tecnologia pode fazer a diferença”.
Ele afirma que 30 drones fariam a cobertura de toda a capital. “O drone permite que as investigações avancem sem colocar em risco a vida dos agentes. Alguns estados já usam esse recurso. Chegou a hora de o Estado fazer sua parte e dotar nossas boas polícias com recursos tecnológicos. É preciso estruturar as unidades de segurança, capacitar e valoriza os policiais. Os tempos são outros, a criminalidade evoluiu, as polícias também precisam se modernizar”, finaliza Prado.