Bom dia! Boa tarde! Boa noite!
Eu voltei agora pra ficar. Porque aqui, aqui é meu lugar. Eu voltei pras coisas que eu deixei. Eu voltei! Apesar de chegar ao final de 2017 no maior ‘bode’, com vontade de desistir, de parar de falar das peripécias de alguns que se julgam poderosos, a ultima bolachinha do pacote, eu resolvi voltar. Claro, eu não estava na Europa, como o nosso líder maior, o governador Sebastião Viana, do PT, mas coloquei os dois pés no deserto das minhas dúvidas, jejuei e cheguei à conclusão que é preciso lutar pelo que acredito. Bom, depois da explicação do longo recesso, vamos falar um pouquinho de política, começando pela trajetória do deputado estadual Raimundinho da Saúde, que vem fazendo jus ao nome do partido: PODEMOS. Apesar de integrar a base de sustentação da administração petista, ele vem incomodando mais que os próprios deputados de oposição.
Quando a questão é a defesa dos servidores da saúde, problemas no atendimento de pacientes, falta de medicamentos, falta de equipamentos, Raimundinho cobra como se fosse um verdadeiro parlamentar de oposição. Seus três anos de mandato foram marcados por vários embates com secretários de Estado e até mesmo com o chefe do executivo. Sebastião chegou a afirmar que Raimundinho queria fazer árvore voar quando apresentou o projeto de lei que tenta evitar a demissão de 1.800 servidores públicos do Pró-Saúde, mas contando com o apoio dos colegas de parlamento, ele desaviou a lei da gravidade e fez árvore voar, provocando a fúria do chefe do executivo que ameaçou processar todos os deputados por improbidade administrativa. Se cuidem deputados de oposição, Raimundinho se tornou o pai das causas impossíveis. Eu voltei, meus três leitores!
Vai começar a ladainha do
“novo” e do “antes e depois”
Não há santos entre os líderes
religiosos quando o assunto é política
Não sou intolerante, preconceituoso, respeito a religião de cada um, mas há apenas uma coisa nos dias de hoje que consegue juntar ou separar religiosos: a boa, velha e mundana política. Sabe aquele antigo discurso que a alegria do evangélico é diferente? Que a música do evangélico, apesar de ser tocada em ritmo de roque, forró, funk, a letra é divina? A velha frase: “agora estou salvo, não sou mais do mundo”? Pois é, tudo cai por terra quando o assunto é a disputa por cargos políticos. Nesse momento, todo espírito luz reencarna num pecador e se arma com os mais diversos argumentos para defender seu candidato que será eleito no mundo do pecado. Não existe maniqueísmo quando a questão é o poder material, todos caem na tentação da conivência com a corrupção e a prática da politicagem.
O poder do mundo dos pecadores fascina, seduz e coloca a fé em provação, da mesma forma que Satanás, sabendo que Jesus era um homem quando jejuou quarenta dias e quarenta noites no deserto e disse-lhe: “Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão”. Na ocasião, a fé de Jesus sobrepujou os planos malignos de Satanás, mas não é qualquer líder religioso que resiste a tentação de um político que diz: “Transforma sua multidão de fiéis em voto e venha participar do meu mandato, indicar alguns cargos e leva meus 10% de dízimo”. Um exemplo da mistura explosiva de política e religião foi a briga entre os pastores Luiz Gonzaga e Pedro Abreu pelo comando da Assembleia de Deus, que provocou um racha na maior denominação evangélica do Acre.
Eu, particularmente, não vou afirmar, mas nos bastidores, o burburinho é que se trata de uma disputa de poder que pode interferir no meio político. Segundo informações de um político/evangélico, o pastor Pedro Abreu faz parte de um grupo político que conta com o senador Sérgio Petecão e o deputado estadual Jairo Carvalho, ambos do PSD. Enquanto o pastor Luiz Gonzaga, diante da união com o pastor Samuel Câmara, será um forte cabo eleitoral da candidatura da ex-deputada Antônia Lúcia (PR), que entra na disputa por um segundo mandato de deputada federal pelo Acre nas eleições desse ano. Portanto, não há santos entre os líderes religiosos quando o assunto é política. Apesar de se jactarem que têm um lugarzinho ao lado de Deus, os pastores não abrem mão de um pequeno latifúndio na terra dos pescadores. Amém?
A oposição acordou?
A visita que o deputado federal Major Rocha (PSDB) realizou ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB) parece que fez os políticos de oposição acordarem para as denúncias da área de saúde. Essa questão poderá até reaproximar Rocha e Bittar, que poderão deixar a troca de farpas de lado para encamparem um movimento para fiscalizar as unidades de saúde da rede estadual. A proposta foi lançada por Rocha. O tucano aproveitou o momento para convidar Márcio Bittar, Gladson Cameli, Luiz Gonzaga e Roberto Duarte, para formarem um grupo para realizar vistorias nos hospitais públicos, escutar denúncias de pacientes e servidores e elaborarem relatórios que serão encaminhados ao Ministério Público Estadual, para que providências sejam tomadas para evitar o que eles classificam como “descaso na saúde”.
Na visita ao Huerb, Rocha afirma que encontrou mais de 19 pessoas internadas no corredor da enfermaria B. O tucano denuncia que “tem gente com mais de três meses esperando cirurgias ortopédicas”. Ele sugere que os políticos de oposição façam novas inspeções no Pronto Socorro, Hospital das Clínicas, Hospital do Câncer e nas demais unidades de saúde sob a responsabilidade do Estado. Já o vereador Roberto Duarte (PMDB), que passou 24 horas dentro do PS, informa que sua empreitada resultou em apenas uma abertura de um procedimento pelo MPAC. “Recebi uma resposta somente do Ministério Público o qual abriu um procedimento para tomar as devidas providências, estive com o Doutor Glaucio e ele me interrogou a respeito do relatório. Já da Assembleia Legislativa e a Câmara de Vereadores não obtive nenhuma resposta, infelizmente”.
Novas ações na área de segurança
O secretário de segurança pública do Acre, Emylson Farias anunciará novas ações que poderão representar um impacto positivo no combate à criminalidade no Estado. Ele vem se reunindo com representantes de instituições como o Ministério Público do Estado do Acre, Tribunal de Justiça, Polícia Militar e Polícia Civil. O objetivo dos encontros é apresentar as novas medidas, colher sugestões e fechar parcerias para fazer o enfretamento da onda de violência. O objetivo é reduzir os índices de homicídios, assaltos e arrombamentos que preocupam a população da capital e do interior. Para implantar um novo ritmo de trabalho, Farias conta com a colaboração no novo comandante da Polícia Militar, o coronel Marcos Kinpara. O gestor da pasta de segurança garante que estrutura não vai faltar para as policiais civil e militar. É aguardar os novos projetos de Farias.
O trabalho de bastidores de Nelson Sales
O deputado estadual Nelson Sales (PP) que lançou pré-candidato a deputado federal vem fazendo um intenso trabalho de bastidores para massificar seu nome como uma das opções de voto no bloco de oposição. Ele conta com o apoio das principais lideranças de seu partido e conquistou a confiança dos colegas deputados estaduais progressistas que promovem suas agendas sempre com a sua presença. Depois de passear pela situação, com o retorno do Partido Verde ao colo do PT e da Frente Popular, mas não ter boas lembranças dos cardeais da coligação, Sales abraçou a pré-candidato de Gladson Cameli (PP) ao governo do Acre, se tornando um oposicionistas ferrenho das administrações petistas. Nos últimos meses, ele apresentou várias denúncias de supostas estripulias de gestores estaduais, se tornando a pedra no sapato de Sebastião Viana.