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Assembleia de Deus se desliga da CGADB e da Ceimadac; Luiz Gonzaga cita necessidade de “reforma espiritual”

Por
Luciano Tavares, da redação ac24horas

Agora é oficial. A Assembleia de Deus do 1º Distrito de Rio Branco não pertence mais às convenções estadual e nacional da denominação religiosa.


A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária na noite desta terça-feira, 09, como havia antecipado o ac24horas, no templo sede da entidade, na rua Antônio da Rocha Viana, no bairro Vila Ivonete, em Rio Branco, pela maioria da igreja.


A tradicional igreja deixa a CGADB e a Ceimadac para se filiar, depois de 75 anos, à CADB (Convenção das Assembleias de Deus no Brasil), entidade eclesiástica fundada há 60 dias em Belém do Pará, na chamada “igreja mãe” da instituição no Brasil. A CADB é comandada pelo pastor Samuel Câmara e conta com pelo menos 10 mil pastores. Mas esse número deve aumentar com mais adesões Brasil afora.


No longo culto, que foi conduzido pelo pastor Luiz Gonzaga de Lima, presidente da Assembleia de Deus no 1º Distrito, também foram apresentados os líderes de congregações, departamentos da instituição e pastores das chamadas regionais da igreja, um rito que ocorre anualmente na primeira semana de janeiro.


A votação foi presenciada pelo pastor Pedro Abreu de Lima, presidente da Convenção de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Acre, e seus auxiliares, que permaneceram no culto, do início ao final, sentados em bancos reservados para obreiros.


Pedro Abreu e auxiliares estiveram na assembleia geral desta terça-feira.

O pastor Luiz Gonzaga direcionou seu extenso sermão para temas relacionados a religiosidade e o que ele chama de “denominacionalismo”.


Citou diversas passagens bíblicas, entre elas a que afirma que “as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja”.


“Religiosidade e denominacionalismo estes sim são manipuláveis. A preocupação de Deus é com a igreja dele”, afirmou Gonzaga.


O sermão de Luiz Gonzaga foi um misto de mensagem bíblica com desabafo. Ele lembrou que durante o tempo em que esteve na presidência da Ceimadac não havia a “politicagem” que há atualmente na entidade.


Também chegou a citar o exemplo do regime chavista da Venezuela ao fazer um paralelo sobre a manipulação do sistema político/eclesiástico que há na CGADB e Ceimadac. “Desde Hugo Chavez o sistema de governo da Venezuela é manipulado.”


O presidente da Assembléia de Deus se referiu a Reforma Protestante para justificar o desligamento. Para ele, a igreja, apesar de admitir, parece ter medo de uma reforma.


“Pense num povo que tem medo de reforma somos nós. Gostamos muito de fazer seminários sobre Reforma Protestante, mas temos medo de reforma”, lembrou.


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Luciano Tavares, da redação ac24horas

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