As alegações do advogado de Márcio Gaiote, amigo de Bruno Borges que está exigindo na Justiça o pagamento da parte dele nas vendas dos exemplares da Teoria de Absorção de Conhecimentos (TAC), cuja primeira edição já foi publicada sob a assinatura de Bruno Borges, o “Menino do Acre” estariam erradas.
Segundo a coaching literária Renata Carvalho, responsável pela publicação do livro de Bruno, a primeira edição vendeu apenas 2.228 cópias até o mês de novembro, número bem abaixo do que se esperava à época do lançamento, quando mais de 20 mil cópias foram reservadas, e o material foi à lista dos mais vendidos.
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“Eu ainda tenho cerca de quatro mil livros aqui, parados. A venda média está de cem a cento e dez livros ao mês. Eles [Márcio e advogado] não me procuraram. Quando nós colocamos lá, mais de 20 mil pessoas se interessaram pela compra. Mas, no lançamento, a gente só vendeu 828 exemplares”, explica a coaching.
Renata deixou claro que recebeu para publicar o livro, e que não tem nenhuma responsabilidade sobre os lucros com as vendas. “Eu prestei um serviço, e recebi por isso, e nada mais. É muito simples, e tenho uma nota fiscal disso. Eu trabalho de forma transparente. Na época, o pai do Bruno nos procurou e publicamos o livro”, diz.
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Denise Borges, mãe de Bruno, questionou as informações divulgadas pelo ac24horas, em primeira mão, nesta terça-feira, dia 09. Contudo, não quis aproveitar a oportunidade para gravar entrevista com o site mais lido do Acre. Pai de Bruno, o empresário Athos Borges, conversou com a reportagem por telefone, marcou local para entrevista, mas não apareceu para gravar.
Durante a entrevista ao G1, Denise revelou que Bruno já pensa em parar as publicações. “Por causa disso, o Bruno está até pensado em desistir do projeto dele, mas não vou permitir que isso aconteça. Meu filho já está quieto, voltou para a faculdade e não está com o bolso cheio de dinheiro, isso é tudo mentira. Meu filho não prejudicou ninguém. Estamos destruídos e nosso filho também, isso é uma falta de respeito e vamos procurar a Justiça”, afirma.
Márcio Gaiote é um dos beneficiários das vendas dos livros, e havia até contrato descoberto semanas após o sumiço, pela Polícia Civil. Pelas normas do documento, Gaiote receberia 4% do lucro bruto das vendas, tudo depositado em conta bancária, após prestação de contas mensal. Mas isso nunca aconteceu, e, claro, Márcio não perdeu tempo e foi à Justiça.
Os advogados de Márcio pediram à 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, que as contas das editoras Saraiva e Arte e Vida tenham os valores devidos bloqueados pelo Banco Central, garantindo assim que o cumplice de Bruno Borges possa receber o que lhe é de direito. Apenas no primeiro mês de vendas, o “menino do Acre”, segundo os advogados de Gaiote, pode ter lucrado mais de R$ 420 mil.
Acontece que a juíza Thais Kalil, a mesma que bloqueou o dinheiro da TelexFree para evitar prejuízos aos que mantinha contrato com a empresa, simplesmente não aceitou o bloqueio solicitado por Gaiote, e mandou intimar Bruno Borges, que recebeu prazo de 15 dias para prestar contas do dinheiro que recebeu e , após isso, se manifestar sobre as acusações.
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