Pela primeira vez em dois anos, Coreia do Norte e a Coreia do Sul vão ter um encontro diplomático para discutir a participação do país liderado por Kim Jong-un na Olimpíada de inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul. A expectativa é a de que a reunião sirva para abrir um canal de diálogo entre os dois países. Para Pyongyang, a cúpula é também a chance de romper o isolamento internacional e afastar os sul-coreanos de um tradicional aliado, os EUA.
A reunião no vilarejo de Panmunjon, localidade fronteiriça onde foi firmado o cessar-fogo que pôs fim à Guerra da Coreia, discutirá a participação da Coreia do Norte na Olimpíada de Inverno, em fevereiro. O governo da Coreia do Sul, no entanto, diz que não há limites para o que pode ser debatido. “Estamos preparados para conversar sobre a questão das famílias separadas e sobre a forma de reduzir a tensão militar”, afirmou o ministro sul-coreano da Unificação, Cho Myoung-gyon.
A tentativa de aproximação ocorre após o líder norte-coreano, Kim Jong-un, acenar com a possibilidade de conversações entre os dois países em seu discurso de ano-novo. Na ocasião, Kim disse que o botão nuclear estava em sua mesa e ele poderia “lançar uma bomba atômica em qualquer parte do território continental dos EUA”.
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