As declarações do presidente do PT, o deputado estadual Daniel Zen, ao dizer que o senador Gladson Cameli (PP) e o Coronel Ulysses (Patriota) abandonaram a Frente Popular — coligação comandada pelo PT — por fome de poder, caíram como uma bomba entre os partidos de oposição. O presidente do PP, José Bestene, elevou o tom do debate e questionou a “falta de democracia na FPA”.
O dirigente do partido que lançou a pré-candidatura do senador Gladson Cameli ao governo do Acre não poupou criticas ao presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e aos cardeais da Frente Popular do Acre. “O Zen precisa se curar desse fisiologismo, ele e toda turma petista sabem que saímos da FPA pela porta da frente, em busca de democracia”, ressalta José Bestene.
Segundo Bestene, ao abandonar a ideologia da Frente Popular, o PP na época, abriu mão do cargo de vice-governador que era ocupado por César Messias, além da presidência da Assembleia Legislativa do Acre, que na época estava nas mãos do ex-deputado estadual Elson Santiago, que preferiu abandonar o PP e seguir o projeto de governo comandado pelos irmãos Viana.
“Fico imaginando em que estado o Zen estava quando deu essas declarações afirmando que temos sede pelo poder. Deveria curar o próprio ego”, acrescenta Bestene, ao destacar que a decisão de deixar o grupo liderado por Sebastião e Jorge Viana foi tão acertada porque por duas eleições consecutivas, a principal liderança do partido, o senador Gladson Cameli, foi bem avaliada nas urnas.
Para Bestene, o PT não permite o crescimento dos partidos que o orbitam no Acre. “O PP só cresceu depois que saiu da sombra dos irmãos Viana e do PT, reelegemos o Gladson Cameli deputado federal em 2010. Em 2014, Gladson se tornou o politico mais votado da história do Acre. É preciso estar atento aos números para não cometer gafes dessa natureza”, dispara Bestene.
Bestene afirma que Gladson Cameli é o oposto das lideranças petistas “que prometeram tudo e não fizeram praticamente nada”. Para Bestene, Gladson vem conseguindo dialogar com a sociedade “e mais uma vez cumpre uma extensa agenda nos municípios isolados, em pleno recesso, enquanto o governador Sebastião Viana goza férias na Europa e Marcus Viana sumiu da cidade”.
