O projeto de Reforma da Previdência continua gerando polêmicas. Após as declarações do presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Pinheiro, sócio-proprietário do Grupo Irmãos Pinheiro no Acre, que disse que o deputado federal Major Rocha (PSDB) não tinha lado nem argumentos para justificar seu voto contrário a iniciativa do presidente Michel Temer (PMDB), Rocha contra-atacou o empresário.
Falando sem citar o nomes, Rocha alfinetou o empresário. “É importante a manifestação de alguns que almoçam com a Frente Popular e jantam com a Oposição. Que falam mal da oposição para FPA e falam mal da FPA para oposição. Os que tentam rotular que não tenho lado. Ao contrário do que diz George Pinheiro, eu não estou do lado dos privilegiados. Privilegiados foram aqueles que tiveram benefícios nesse governo, isenções, renegociações de dívidas”.
Rocha destaca que a população não foi beneficiada com as medidas do governo Temer, ficando apenas com a conta para pagar dos atos de corrupção nos governos de PT e PMDB. “É bom que se diga que se diga de qual lado está cada um de nós. Eu quero saber de que lado George pinheiro vai ficar nessas eleições, se ele está ao lado do PT, se vai ficar do lado da oposição? Que ele tenha coragem de dizer qual seu lado. Ele vai enganar quem ele almoça ou quem ele janta?”.
O líder tucano disse que está do mesmo lado que entrou na política, “ao lado do povo. Eu continuo do mesmo lado, do mesmo jeito. Agora quero falar sobre essa reforma. O governo do PMDB justifica dizendo que não tem dinheiro para bancar a previdência, mas isso não é verdade. Temer entrou com discurso de austeridade, de gastar menos recursos públicos, reduzir o número de ministérios, mas fez exatamente ao contrário”, destaca Major Rocha.
Segundo Rocha, o governo do PMDB “usou os ministérios para comprar apoio político. Aumentou o número de cargos comissionados para comprar apoio político. Usou as emendas parlamentares e recursos extraorçamentários para comprar apoio político. tudo para enterrar uma investigação que poderia atingir Michel Temer e seus principais assessores que circulam no país com malas de dinheiro, protagonizando escândalos com dinheiro público”, enfatiza.
O tucano afirma que “não dá para dizer que não tem dinheiro para previdência enquanto o governo não economizou nenhum centavo, promovendo anistia e perdão de dívidas para vários seguimentos. Os petroleiros internacionais tiveram uma isenção de impostos durante 40 anos, algo em torno de um trilhão de reais. Os investidores americanos da Petrobras vão receber 2,9 bilhões de dólares, enquanto os investidores brasileiros vão ficar no prejuízo”.
Para o parlamentar, esses são exemplos que não estaria faltando dinheiro para previdência, mas estaria faltando compromisso da atual gestão com as questões do país. “E nós brasileiros vamos ser chamados para pagar mais essa conta dos governos do PT e PMDB que é o rombo na Petrobras. Dá para aprovar uma reforma que saiu a cabeça do ministro Meirelles, que tem como um dos propósitos abrir o mercado da previdência privada no Brasil? Não dá para dizer que falta dinheiro num governo que gasta muito e gasta mal. Agora, transferir para o trabalhador brasileiro toda essa conta não dá”, ressalta Rocha.
Ele finaliza dizendo que não acredita que será punido por votar contra a Reforma da Previdência. “Com certeza eu não acredito em punição por parte da executiva nacional do PSDB. A mesma executiva que não manifestou interesse em punir o senador Aécio neves, um parlamentar citados em vários escândalos, com destaque para o envolvimento no esquema de propinas para financiar campanhas eleitorais. O exemplo tem que vir de casa”, destaca Rocha.
Ao tomar conhecimento da resposta de Rocha, George Pinheiro tratou de rapidamente respondê-lo via ac24horas. “Há uma diferença. Não tenho cargo eleito politicamente. Fui eleito Presidente da maior e mais antiga organização empresarial do País. Estamos presentes em todos os Estados Brasileiros e em 2300 Associações Comerciais do Brasil há mais de 210 anos. A maioria com mais de 150 anos.Defendo os interesses dos Empresários do Brasil”, justifica o empresário.
“Posso almoçar e jantar com que qualquer representante de qualquer entidade. Respeito todos. Não tenho costume de falar mal, nem para um , nem para outro, nem para o Deputado, a quem respeito e imagino que em nenhum momento, falei ou comentei com ele ou com qualquer outro, qualquer assunto que não possa criticar ou elogiar publicamente”, argumentou.
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