O presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Pinheiro, sócio-proprietário do Grupo Irmãos Pinheiro no Acre, resolveu se manifestar sobre o posicionamento do deputado federal Major Rocha (PSDB), que afirmou ao ac24horas que mesmo sendo ameaçado pela direção nacional do PSDB de punição, votará contra a reforma da previdência social, em sessão na Câmara dos Deputados que deve ocorrer no mês de fevereiro.
Para o representante da classe empresarial, Rocha deveria argumentar detalhadamente o porquê de não votar favorável a reforma. Pinheiro enfatiza que com esse posicionamento, o deputado tucano se coloca como um parlamentar “sem lado”.
“Ele [Rocha] é a favor de uma casta de funcionários privilegiados que ganham altos salários. Com essa atitude, ele vota contra a maioria da população. Qual o sentido do Rocha ser contra isso, já que o seu próprio presidente de partido e pré-candidato a presidência da república, Geraldo Alckmin, fechou questão?”, questiona Pinheiro.
Pinheiro ressalta que a classe empresarial está unida para defender a reforma e reclama do “patrulhamento que existe” para que empresários geradores de empregos não possam se manifestar sobre o assunto. “Temos que nos posicionar sim. Se essa reforma não for aprovada, o Brasil quebra até o final do ano. Não existe almoço grátis. Alguém precisa tapar buraco, não existe mágica”.
Pinheiro revelou ainda que a bancada federal do Acre na câmara, composta por 8 deputados, está dividida, mas acredita que até mesmo o deputado Alan Rick (Democratas), que já havia se.manifestado contrário a reforma, vá votar favorável.
“Quem é o eleitor que vai deixar de votar no deputado que votar a favor da previdência? Isso não tem lógica” disse o presidente da Confederação que informou que recentemente se reuniu com 120 deputados, senadores, ministros e o presidente Michel Temer no intuito de viabilizar a votação.
“O governo tem votos para aprovar a previdência e isso é certo. É só questão de tempo, mas a esquerda no Brasil fica plantando factóides para tentar confundir a cabeça do trabalhador. Essa mesma esquerda que até pouco tempo estava no poder, se tivesse ainda com a caneta, também aprovaria essa reforma, mas agem apenas com o intuito de defender seus próprios interesses”, criticou o empresário.
Pinheiro salienta ainda que os deputados e sindicalista devem entender que existe um lei aprovada pelo congresso que limita gastos e que a votação no congresso deveria “ser pautada acima de tudo no interesse do país e não numa república sindicalista”.
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