Alivio em meio à crise. Este é o sentimento de, pelo menos, 81% da população rio-branquense que aguarda, ansiosa, pelo pagamento da segunda parcela do 13º salário, de acordo com pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC), por meio do Instituto de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac), junto a 233 consumidores economicamente ativos nos últimos dias 7 e 8 de dezembro. O levantamento aponta ainda que o endividamento de quase ¾ dos consumidores da capital acreana são a principal razão pela ansiedade do dinheiro extra.
O 13º salário deve ser pago pelo empregador em até duas parcelas, sendo a primeira entre o dia 1º de fevereiro até o dia 30 de novembro e a segunda, até o dia 20 de dezembro de cada ano, tendo como base de cálculo o salário do mês de dezembro menos o valor adiantado na primeira parcela. Quando pago em parcela única, o prazo encerra-se no dia 30 do mês de novembro.
A pesquisa demonstra que 77% da população de Rio Branco deve receber 13º salário no mês de dezembro em valor médio equivalente a um salário mínimo. Outra parcela, de 20%, valor médio abaixo de dois salários mínimos. Apenas 3% dos consumidores receberão mais que dois salários mínimos.
O levantamento aborda também o quanto a população economicamente ocupada de Rio Branco recebe, e constata que 80% ganha, mensalmente, até três salários mínimos. Mais da metade tem vínculo empregatício e pelo menos ¾, dívidas para liquidação em até seis meses.
Ainda segundo o estudo, 46% dos assalariados de Rio Branco receberam a 1ª parcela no mês de agosto e a 2ª, em dezembro. Outros 22%, ganharam a 1ª parcela no mês de aniversário e a 2ª, prevista até o dia 20 de dezembro.
Além disso, a pesquisa diz que 41% da população de Rio Branco pretende gastar o 13º salário a receber no mês de dezembro em festas de Natal e réveillon. Outra parcela, de 23%, deve se utilizar do ganho extra para quitar dívidas pendentes. O levantamento destaca 27%, que têm a intenção de “poupar uma parte” para garantir compromissos de início de ano (IPVA, IPTU, matrícula e material escolar) ou realizar algum investimento.
Expectativa
O empresário Jucier Araripe, dono de uma loja de roupas, afirma que está ansioso para as vendas neste ano. “Inclusive, contratei mais duas funcionárias para atender à demanda. Embora nossa loja tenha um preço mais barato, e seja mais informal, acreditamos que as vendas serão tão boas quanto as do ano passado”, finaliza.