A produção industrial subiu 0,2% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta terça-feira, 5, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a outubro de 2016, a produção subiu 5,30%, o que representa a alta mais acentuada desde abril de 2013, quando a indústria tinha registrado expansão de 9,8%.
“A base de comparação baixa ajuda a entender a magnitude de alta e a disseminação do aumento na produção entre as atividades pesquisadas”, lembrou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. “O efeito calendário também ajuda. Outubro deste ano teve um dia útil a mais que outubro de 2016”, acrescentou.
De janeiro a outubro deste ano, a indústria teve alta de 1,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção da indústria acumulou avanço de 1,50%.
Setores. produção industrial cresceu em 15 dos 24 ramos pesquisados na passagem de setembro para outubro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As principais influências positivas foram de produtos farmacoquímicos e farmacêuticos (20,3%) e bebidas (4,8%), ambos revertendo os resultados negativos registrados no mês anterior: -19,7% e -0,7%, respectivamente.
“O setor de farmacoquímicos tem uma volatilidade acentuada. As empresas oscilam entre importação de insumos e fabricação de produtos prontos”, relativizou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Quanto ao setor de bebidas, há uma elevação na produção sazonal, por conta do aumento da demanda no fim do ano.
Outras contribuições positivas foram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,3%), metalurgia (1,6%), máquinas e equipamentos (1,3%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (3,8%).
Entre os nove ramos que reduziram a produção no mês, os produtos alimentícios (-5,7%) foram os que mais impactaram negativamente a alta da indústria.
“Tem uma queda importante do item açúcar na passagem de setembro para outubro. O volume maior de chuvas atrapalhou o processamento da cana-de-açúcar. E houve maior destino da produção da cana para álcool em vez de açúcar”, justificou Macedo. “Isso tem influência do ganho de competitividade do etanol em relação à gasolina sim”, completou.
Os demais impactos negativos importantes ocorreram nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,2%).