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Oposição tradicional quer isolar Bocalom por apoiar Coronel Ulysses

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O principal candidato majoritário da oposição nas eleições de 2010 e 2014 ao Governo e em 2012 para a prefeitura de Rio Branco está numa situação delicada. Desde que declarou o apoio do DEM à terceira via da candidatura do Coronel Ulysses (Patriota) ao Governo, Bocalom sofre um verdadeiro bombardeio do principal grupo oposicionista liderado pelo PP. A intenção parece ser de enfraquecer politicamente o presidente do DEM e deixa-lo isolado sem caminhos para viabilizar a sua candidatura a deputado federal. Bocalom me ligou de Araguari (MG), onde está cuidando da sua esposa doente, magoado com as manobras de bastidores para acabar com os seus sonhos na política. “Venho trabalhando e me sacrificando. Desde 2010 que dou palanque pra todo mundo. E só não ganhei por infidelidade de alguns aliados da oposição. Em 2012, quando disputei a eleição a prefeito da Capital, uma liderança de oposição chegou a comentar numa reunião que se eu ganhasse não iria deixar roubar nem uma Cibalena. Já em 2014, o Márcio Bittar (PMDB) tinha feito um acordo de bastidores pra me tirar do jogo. Tento ajudar o macro e não sou entendido. Me tratam na oposição como um patinho feio. Agora, partiram pra cima do deputado federal Alan Rick (DEM) e do estadual Antônio Pedro (DEM). Eles estavam conscientes de que o DEM apoiaria o Ulysses. Dizem que foi uma decisão apenas minha, mas isso não é verdade. Estavam presentes numa reunião com 28 pessoas em que decidimos apoiar o Ulysses. O próprio senador Gladson Cameli (PP) está ligando para alguns aliados meus para chamar para um outro projeto político. Abri mão de concorrer ao Senado e serei candidato a deputado federal e não estão respeitando nem isso,” desabafou Bocalom.


A hora dos boatos
Uma fonte me disse que o Gladson poderia chamar o Bocalom pra ser vice. Não vejo nenhuma possibilidade disso acontecer. Também se o Alan Rick estiver sonhando em ser vice pode esquecer. Nenhum dos dois se encaixam no perfil que o PP imagina para compor a chapa com o Gladson.


A hora da ilusão
Agora, como conheço bem a política do Acre posso afirmar: alguns incautos que estão se seduzindo por promessas pré-eleitorais tomem cuidado. Existem muitas mentiras. O jogo é pesado. Depois que estiverem todos na van só vai sentar na janela os já escolhidos. Um punhado de moedas comprou a consciência de Judas. E só restou sofrimento e desespero para quem condenou Jesus.

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Insanidade
Não entendo porque não pode ter uma terceira via eleitoral no Acre. Essa conversa fiada de união das oposições só cria problemas para a própria oposição. O Brasil é uma democracia pluripartidária e as eleições majoritárias ao executivo são em dois turnos. Qual o problema dos eleitores terem vários personagens à disposição no debate para o Governo do Estado?


Truculência inútil
Se essa guerra de bastidores já está intensa faltando quase um ano para as eleições imaginem como será a campanha? Até agora só ouvi muito blá, blá, blá e um jogo de interesses pessoais. Não vi ainda nenhum projeto concreto para governar o Acre. E não vale encomendar um plano de Governo na base do dinheiro sem pé e nem cabeça com a realidade do Estado.


A hora da firmeza
Resta saber se com tantos ataques à sua candidatura o Coronel Ulysses vai sobreviver na disputa. Nesse momento, imagino que essa “sedução” poderá alcança-lo ou mesmo destruir a base que estava construindo para apresentar
uma terceira via forte. Tudo parece caminhar para apenas dois nomes e mais uma eleição polarizada no Acre.


Casa na areia
Uma candidatura ao Governo tem que ter como alicerce a credibilidade. Os apoios devem vir pela identificação com um projeto porque senão é como uma casa construída na areia que pode desmoronar a qualquer momento. Pior ainda se a queda acontecer quando já se está governando. Aí será sofrimento para milhares de pessoas.


Questão de foco
Um dos problemas que a oposição enfrentou nas seguidas derrotas para a FPA ao Governo nos últimos 20 anos é a falta de foco. Apesar de todos “odiarem” o PT acabam gastando mais energia em brigas internas. Não se ganha uma eleição antecipadamente com bravatas e distribuição de dinheiro.


Precipitados
Não entendi porque a FPA se antecipou tanto na escolha do vice de Marcus Alexandre (PT) e dos suplentes ao Senado. Um deputado do PT me disse que trouxeram a segurança pública para o centro do debate com a presença do Emylson Farias (PDT). Agora, precisarão mostrar soluções concretas de um problema que assusta todos os estados brasileiros e não só o Acre.


Carta na manga
Da maneira que eu entendo a política o vice deve ser escolhido bem próximo das convenções partidárias. É uma carta na manga para atrair aliados que sejam essenciais. Uma possibilidade de negociação durante a pré-campanha.


Muita conversa
Uma fonte da coluna quis me convencer que vão escolher o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) como vice do Gladson. Não vejo a menor possibilidade. Primeiro que o Flaviano não aceitaria. Também não tem sentido colocar alguém nessa posição que já é aliado.


Muita estrada pela frente
Não vejo o quadro de candidaturas majoritárias ao Governo e ao Senado consolidado. Podem ainda surgir novos personagens. Não estão levando em consideração o próprio eleitor que quer renovação. Os nomes apresentados até
agora são os mesmos de sempre. Ainda acredito que se aparecer algo novo poderá surpreender. E mais uma coisa, quem tiver achando que o dinheiro resolverá todos os problemas tenha cuidado. A maioria dos políticos que estão
hoje nas penitenciárias do Brasil se “enrolaram” exatamente com recursos financeiros de campanha.


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