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O vendedor de “quêbe” que virou candidato a vice-governador do Acre

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Bom dia! Boa tarde! Boa noite!


_ Olha o “quêbe”!
_ Tem “quêbe” de quê, menino?
_ De arroz e macaxeira, dona Maria!


Essa é parte da história do vendedor de “quêbe” que percorria as ruas da cidade de Xapuri, que agora virou candidato a vice-governador do Acre. Pelo menos foi o que relatou o senador Jorge Viana (PT), durante o evento de apresentação do secretário de segurança do Acre, Emylson Farias (PDT) como o vice na chapa de Marcus Viana (PT). Emocionado, JV disse que a política acreana estaria repleta de exemplos de superação. “Ray, o Emylson é de família pobre, ele vendeu “quêbe” nas ruas de Xapuri para ajudar os pais. Ele estudou com muitas dificuldades, mas hoje é um exemplo de superação e força de vontade. É de pessoas assim que o nosso Estado precisa. Ele conhece de perto a realidade do nosso Acre, sei que vai ajudar muito nessa nova caminhada”.

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Jorge Viana, o contador de histórias



Pelo ponto de vista de Jorge Viana, os candidatos a governador e vice-governador poderiam até protagonizar um filme parecido com os Filhos de Francisco, obra do cinema nacional sobre a vida da dupla sertaneja Zezé di Carmargo e Luciano. “Ray, ninguém nunca contou a história de como Marcus Alexandre veio parar no Acre. Ele chegou aqui com duas malas. Uma com as poucas roupas que tinha e a segunda com livros. Ele veio no momento em que eu assumi o Estado e estava contratando engenheiros. Como não tínhamos mais profissionais, nós recorremos a uma universidade paulista. O Gil (Gilberto Siqueira) perguntou numa turma de recém-formados quem queria vir para o Acre, Marcus foi o primeiro a levantar o dedo”.


Um detalhe, segundo JV, Marcus Viana tinha apenas R$ 100 reais quando chegou ao aeroporto, “nunca tinha viajado de avião. Quando colocou a mala para pesar, logo foi avisado que tinha que pagar pelo sobrepeso ou deixar uma das malas”. Resultado, o engenheiro chegou a capital do Acre mais liso do que saiu de São Paulo, mas Jorge Viana jura de pés juntos que não é pão duro, mesmo deixando seu mais importante engenheiro sem o dinheiro para pegar um táxi na chegada ao Acre.


Manda quem pode…



O governador Sebastião Viana (PT), o principal articulador da chapa da FPA, continua afirmando que contemplou o PDT com a vaga de vice-governador, mas a verdade é que a chapa majoritária da coligação é puro-sangue PT. Com habilidade, Sebastião levou Emylson Farias para se filiar ao PDT. Em seguida, conduziu Márcia Regina, a suplente de Ney Amorim (PT), para se filiar ao PSB. Tanto Emylson quanto Márcia são reconhecidamente gestores das administrações petistas. Para completar, Nazaré Araújo (PT) será a primeira suplente de Jorge Viana (PT). Agora, os líderes petistas colocaram a “miguelagem” que as duas vagas de segundos suplentes serão definidas no debate com os partidos nanicos. Quem já viu um segundo suplente assumir?


O marketing começou equivocado



Os políticos ligados ao governo do PT precisam combinar melhor uma estratégia de marketing quando a questão for o avanço da criminalidade. Questionados pelos números da violência na passagem de Emylson Farias pela pasta de segurança, os deputados da base de sustentação do governo do PT na Aleac jogaram a questão mais uma vez no colo do governo federal. Teve parlamentar atribuindo ao Rio de Janeiro a existência de facções nas cidades acreanas, mas esquecendo que o Bonde dos 13 é uma facção criada no Estado. Dizer que “a culpa é do Temer” porque não cuida das fronteiras também não vai funcionar. Afinal, Lula e Dilma passaram 13 anos na presidência e nada fizeram para proteger as fronteiras. Arrumem o “novo” argumento.


Quando o “novo” não convence mais
Os marqueteiros da FPA precisam urgentemente fazer uma reciclagem dos discursos do governado Sebastião Viana. A cada quatro palavras que o petista fala tem pelo menos duas vezes a pronuncia “novo”. Todo mundo sabe que o PT governa o Acre há quase 20 anos, isso não tem nada de novo. “Um novo momento no projeto”. Sério? “O prefeito Marcus Alexandre é o novo na política”. Como assim, ele já concorreu em duas eleições? A verdade é que até as caras são as mesmas na coligação. É preciso inovar pelo menos nas promessas. Que tal reafirmar que o próximo governo vai cumprir todas as propostas que o atual não conseguiu realizar? Seria o primeiro passo. Ou quem sabe calçar as sandálias da humildade e admitir alguns erros. Isso seria novo.


“A terceirização da saúde é um atestado de incompetência do governo do PT”



A frase é do deputado Nelson Sales (PP). Ele que voltou a reivindicar que o Projeto de Lei que regulamenta a situação dos servidores contratados através do Pró-Saúde seja colocado na pauta de votações da Aleac. Para Sales, as administrações estaduais petistas criaram um “monstrengo jurídico. Quem vai pagar o pato serão os servidores que fizeram concurso e estão sendo demitidos via carta pela administração Sebastião Viana”. Para Sales, falta vontade política para evitar as demissões. “Precisa apenas fazer uma correção na lei, porque todo o corpo da lei é de autarquia, mas os servidores conseguiram identificar que o governador não quer. Esse governo prefere inventar a tal Organização Social para poder contratar servidores terceirizados”.


Para Nelson Sales, “a terceirização da saúde é um atestado de incompetência do governo do PT. Terceirizar serviços básicos é como se esquecesse do Exército e contratasse mercenários para defender nossas fronteiras. Seria mais decente chamar o pessoal do Pró-Saúde, buscar os tribunais e apoiar a luta para que ninguém fosse demitido. Mas ele manda a carta demitindo para alguns, mas outros, já envia a carta oferecendo uma vaga terceirizada na OS. O que o governo do PT tem medo é do povo na rua. Estaremos apoiando os servidores contra a cortina de fumaça da terceirização”, disse Nleson Sales, que acredita que a votação do Projeto de Lei que regulamenta o Pró-Saúde poderá mostrar quem é quem na Assembleia Legislativa.


O banco do ponto de táxi do Birico

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Tinha acabado de estacionar meu carro no centro da cidade quando fui abordado por Rui Birico. Falando apressado, Birico disse que já tinha procurado vários jornalistas, mas ninguém aceitou fazer a denúncia que ele apresentava. “Ray, quero saber se você também está recebendo para ficar calado?”, disse Birico, apontando para uma pequena construção de ferro coberta de acrílico. Segundo ele, “o prefeito Chame Chame mandou construir isso aí há mais de cinco meses, a cobertura já quebrou, não colocaram um banco e ninguém suporta o calor de ficar embaixo desse amontoado de ferro com essa cobertura transparente”. Pronto, denúncia feita. Caso o prefeito Marcus Viana resolva atender a reivindicação de Birico, o ponto de táxi fica Epaminondas Jácome, próximo ao antigo Mercado dos Colonos. A propósito, Birico, meu silêncio não está à venda.


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