Empresários que prestam serviços à Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) se uniram para desmentir a informação de que os pagamentos realizados pela instituição estão sendo feitos corretamente. O “calote” às empresas chega a durar quatro meses e, com isso, serviços podem parar.
Em nota assinada pelo Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizáveis do Estado do Acre (SEAC/AC), os empresários repudiam as informações inverídicas repassadas pela pasta à imprensa. Além disso, afirmam que os atrasos estão prejudicando as empresas.
“Convidamos os gestores da Secretaria de Saúde do Estado do Acre a apresentarem os comprovantes de pagamentos relativos a serviços terceirizados prestados nos meses que antecedem o mês em curso, não apenas da empresa Red Pontes, assim como, da empresa Limpacre que os meses de agosto e setembro na mesma situação”, diz a nota.
Com os atrasos, que se aproximam em alguns contratos à casa dos R$ 2 milhões, serviços administrativos e de limpeza podem ser suspensos. A informação foi repassada por um dos empresários, que pediu para não ter o nome divulgado. Ele alega que já há, nos bastidores, conversas a respeito disso.
“O governo aumenta impostos naquilo que ele sabe que as pessoas vão ter que consumir, como a gasolina. Você já imaginou um hospital sujo? Já pensou em chegar na secretaria e não ter ninguém lá para atender ou para resolver uma demanda? Se a gente não receber, é isso que vai acontecer: vamos parar tudo”, ameaça.
O empresário vai além e destaca que a imagem do Governo do Acre entre empresários de fora do estado está bastante maculada. Com isso, “não há empresa que queira vender ou trabalhar aqui no estado. Tem uma aí, que o cara era dono de outra empresa, faliu, criou outra e agora segue trabalhando. Mas e quem trabalha sério?”, questiona.
Procurada, a Secretaria de Saúde do Acre manteve o posicionamento de que não há débitos junto às empresas terceirizadas. Muito pelo contrário, todos os empenhos devidos foram feitos e pagos pela secretaria, restando apenas o mês de outubro em aberto, o que será pago normalmente em novembro.
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