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Terceirizados da Secretaria de Saúde do Acre estão sem salários desde outubro

Dezenas de funcionários terceirizados da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) estão com os salários atrasados desde outubro. Os funcionários entraram novembro com o drama de não ter dinheiro nem para colocar comida na mesa. O medo é que chegue dezembro e o ano feche sem os pagamentos.


Os trabalhadores são ligados à empresa Red Pontes que, para se defender, alega não ter recebido nenhum centavo da Sesacre desde o mês de setembro. Essa não é a primeira vez que a empresa atrasa salários. Em novembro e dezembro do ano passado, por exemplo, a situação foi a mesma.


Uma funcionária foi informada que os pagamentos dela e dos colegas só serão feitos quando o poder público pagar o que deve à empresa. Enquanto isso, a sensação já margeia o desespero de quem tem filhos para alimentar e contas vencendo para pagar.


“A gente trabalha o mês todo, então o que esperamos é que a empresa nos pague. Mesmo que a empresa não receba, eles tem que nos pagar. Se não tem dinheiro, por que nos contrata? Eles ficam esperando sempre pelo governo, mas a empresa tem que ter dinheiro também. Estou cansada disso”, reclama.


Procurada, a Sesacre negou que haja qualquer débito atrasado com a empresa. Muito pelo contrário, a secretaria diz que todos os pagamentos foram feitos e que apenas o mês de outubro, a ser pago em novembro, é que está pendente. O pagamento deve ser feito até a próxima semana.


“A gente tem que chamar a atenção do Ministério Público, porque quando a gente recebe, eles mandam assinar com a data que tem que ser, tipo o dia três ou quatro do mês. Eles fazem isso para depois a gente não ter como processar a empresa, ou denunciar eles pro Ministério do Trabalho (sic)”, denuncia um dos funcionários.


O gerente da empresa, Emerson Feitosa, esclareceu que já conversou com os funcionários. Ele destaca que o atraso só ocorreu agora porque não há mais recursos para manter a folha em dias. Mesmo com atrasos, a Red Pontes estava mantendo os pagamentos.


“Essa galera é complicada. Foi feita uma reunião com cada funcionário explicando que o pagamento de outubro ainda não tinha sido pago porque os empenhos da Sesacre atrasaram por falta de orçamento. Foi explicado um a um, e ficou certo que até o dia 23 estaria tudo sanado”, destaca.


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