Os empresários João Batista Albuquerque e Mauricio Oliveira Diniz, sócios proprietários da JM Comércio e Serviços Ltda, são os alvos da terceira fase da Operação Midas, que faz buscas e apreensões em suas residências localizadas no Edifício Leportali e Condomínio Varanda do Sol, localizados no bairro Morada do Sol, em Rio Branco. O escritório da empresa,no Centro Empresarial Rio Branco, também está sofrendo uma devassa das autoridades. A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) com apoio dos delegados Rêmulo Diniz, Pedro Rezende e Odilon Vinhadelli, além de nove agentes da Polícia Civil.
Segundo os promotores de Justiça Bernardo Albano e Fernando Cembranel, coordenador e membro do Gaeco, a terceira fase da Operação Midas visa aprofundar as investigações, que estão em andamento desde o ano passado.
A Operação revelou um esquema de desvio de recursos públicos na Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb), a partir da utilização de notas fiscais frias e contratos falsos para justificar o pagamento por serviços não realizados e insumos que não eram entregues.
No dia 6 deste mês, o Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco recebeu todas as 12 denúncias oferecidas pelo MPAC contra 23 pessoas investigadas no esquema. Os réus são servidores públicos e empresários, que respondem por peculato, além da acusação de fazerem parte de organização criminosa.
O ac24horas teve acesso exclusivo a decisão do juiz Flávio Mariano Mundim, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, que autoriza a terceira fase da operação. O despacho do magistrado informa que nas investigações do Ministério Público apurou-se que em uma busca apreensão realizada na residência de Jackson Marinheiro, apontado como o lider do esquema de desvio de recursos na Emurb, em operações anteriores, foram encontrados documentos que supostamente comprovaria o pagamento de despesas pessoais, domésticas e de atividade rural do ex-diretor da Emurb. A empresa JM teve contratos celebrados com a EMURB nos anos de 2011, 2012, 2013 e 2015.
Ainda segundo o MP, através da quebra do sigilo bancário, foram identificados cinco transações financeiras das contas da empresa JM e do próprio João Batista Vitorino que chega a quase R$ 90 mil para a conta de Jackson Marinheiro.