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Helicóptero do governo é usado para transportar primeira-dama e líder religiosa à comunidade isolada do Santo Daime

Por
João Renato Jácome

A primeira-dama do Acre, Marlúcia Cândida, foi flagrada dentro do helicóptero João Donato, na Vila Céu do Mapiá, na região de Boca do Acre, no interior do Amazonas. A aeronave, segundo informado ao ac24horas, deu carona a uma líder da comunidade espírita.


A informação foi confirmada pela Assessoria da Primeira-Dama, que correu em publicar matéria da Agência de Notícias para esclarecer a viagem da esposa do governador Sebastiao Viana. O Hárpia 1, como é chamado o helicóptero, foi usado para levar à comunidade, a líder daimista Rita Gregório, de 91 anos.


“Essa foi a primeira vez que Marlúcia esteve na comunidade Céu do Mapiá, criada em 1983 por Sebastião Mota de Melo, o Padrinho Sebastião, às margens do Igarapé Mapiá, afluente do Rio Purus”, diz nota publicada pelo Palácio Rio Branco. Além disso, o governo destacou:



“Nos últimos anos, o governo do Acre tem realizado com o Hárpia 1, atendimentos de saúde em várias áreas do estado, e também em Rondônia e Amazonas. Além disso, a aeronave ajuda com o apoio operacional nas ações de segurança pública de meio ambiente”, completou o Palácio Rio Branco.


Moradores de Boca do Acre comentaram a viagem de helicóptero feita por Marlúcia e a líder do Daime. Por telefone, uma advogada acreana que trabalha no interior do Amazonas criticou o ato da primeira-dama. “A gente vê Rio Branco em um caos na área de segurança, e esse helicóptero foi comprado para ajudar. É bom usar na saúde? É! Mas quando realmente é necessário”, diz.


Outro leitor, Auricélio Menezes, mandou foto e mensagem alertando para um suposto uso indevido da aeronave. O leitor diz que diversos pacientes da hemodiálise precisam ser transportados para a Capital acreana ou para outros locais, mas o helicóptero nunca foi disponibilizado.


“Me causa muita estranheza o uso desse helicóptero por parte da primeira-dama. Minha irmã vai de taxi ou de carona, duas ou três vezes por semana, para fazer hemodiálise em Rio Branco. Ela já passou mal lá, mas nem por isso a trouxeram de helicóptero. Por que essa senhora tem que pegar carona? Por que não foi de barco? Isso é legal?”, questiona.


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João Renato Jácome

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