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“Não estou acima da lei e sou absolutamente a favor das investigações”, diz Marcus Viana

“Sou absolutamente a favor das investigações. Não estou acima da lei”, disse o prefeito de Rio Branco, Marcus Viana, durante coletiva na tarde desta terça-feira, 31, na sede da prefeitura de Rio Branco, no centro da capital, ao falar sobre a Operação Buracos, da Policial Federal, em que ele, sua esposa Gicélia Viana e outras seis pessoas foram alvo nesta segunda-feira, 30.


As investigações são referentes ao período em que o hoje prefeito era diretor do Deracre entre 2007 e 2012. A Operação Buracos investiga o desvio de R$ 700 milhões no Deracre e no DNIT nos Estados do Acre, São Paulo, Mato Grosso e Rondônia.


“Não estou acima da lei. Sou um cidadão como todos. O que causa estranheza é o procedimento. Era só ter me chamado que eu iria prestar depoimento. Eu lamento pelo envolvimento do nome da minha esposa, ela nunca foi ordenadora de despesas”, disse o prefeito.


Quando os agentes da Polícia Federal chegaram à residência do prefeito, no Jardim de Alah, às 6h, Marcus Viana já havia saído. Os policiais estavam com um mandado de busca e apreensão de documentos e valores e condução coercitiva.


“Não encontraram contratos. A única coisa que eu sempre movimentei foi o meu salário que eu recebo”, disse.


O prefeito evitou relacionar a operação policial com política. Ele foi oficializado como pré-candidato a governador do Acre no sábado passado. “Não vou fazer nenhum comentário vinculando o fato ao calendário eleitoral.”


Marcus agradeceu o ato realizado nesta segunda à tarde por assessores, secretários e militantes na frente da sede da prefeitura, que ele não compareceu. “Quero agradecer o ato que foi feito. Quero agradecer a todas as orações feitas, a cada mensagem dirigida.”


Fogos, envolvimento de Gicélia, tempo do depoimento

e sigilo

O mandado de busca na casa do prefeito foi expedido no dia 27 de setembro, embora tenha sido cumprido somente ontem.


Durante o processo, desde 2009, foram quebrados os sigilos telefônico e bancário do petista.


O depoimento do prefeito na Superintendência da Polícia Federal durou sete horas. Os questionamentos foram relacionados a questões técnicas das obras da BR-364


Ele lamentou, durante a coletiva, o fato de sua esposa Gicélia ter sido envolvida na operação.


“Eu lamento pelo envolvimento do nome da minha esposa, ela nunca foi ordenadora de despesas.”


O prefeito relatou ainda que no final tarde desta segunda-feira soltaram fogo em frente a sua residência. Ele disse que ficou chateado com esse ato, que possivelmente foi realizado por alguns de seus adversários políticos.
“Não era nenhum jogo de futebol para comemorar.”


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