Vice de Marcus Alexandre poderá vir do Juruá e ter origem na oposição

Não esperem o anúncio da vice de Marcus Alexandre (PT) tão cedo. Segundo uma fonte, existe uma negociação de bastidores em curso que poderá fazer com que a escolha seja muito diferente das atuais especulações. É um nome que poderá acalmar os ânimos de PDT, PSB e PC do B, desejosos de terem um filiado das suas fileiras para a vaga. Isso porque tornaria a candidatura do atual prefeito da Capital ainda mais competitiva a nível eleitoral. Lembram-se das articulações que indicaram Socorro Nery (PSB), que era do PSDB para vice de Marcus? Pois essa estratégia poderá se repetir. A personagem em questão poderá se filiar num desses partidos para concorrer como vice. Se realmente as negociações chegarem a um bom termo aguardem uma das maiores surpresas da recente história política do Acre.

Sem faca no pescoço
A FPA nunca funcionou sob pressão. Então essa história do presidente do PDT, Luiz Tchê, de impor o nome do secretário de segurança Emylson Farias como vice pode não ser bem sucedida. Tem muita água para rolar ainda por debaixo da ponte do rio Juruá antes do anúncio.

Desgaste desnecessário
Aquilo que alguns membros da FPA consideram moderno e eficiente, na minha opinião, foi um erro. Marcus foi reeleito prefeito da Capital com quase 60% dos votos. Poderia ter esperado um pouco mais para assumir a sua candidatura ao Governo para não se tornar “vidraça” antes do tempo. Mas teve que enfrentar o processo de debates com mais três candidatos para ser aquilo que todos já sabiam que seria.

Para quê a pressa?
Vão repetir novamente o erro impondo um nome para vice com quase um ano de antecedência da eleição? É preciso esperar os acontecimentos políticos para se escolher alguém que possa somar votos e não tirar votos. Outro fator importante é a opinião do candidato sobre quem quer para vice.

Qual o significado?
Outra coisa inócua é quando vejo Tchê “ameaçando” que se o seu partido não indicar o vice terá candidato próprio ao Governo. Sim e daí? Esse candidato do PDT teria chances de vitória? Sinceramente e com todo o respeito ao Tchê não acredito. Seria mais uma candidatura “nanica” entre tantas que estão surgindo.

Especulações na oposição
Também o bom desempenho do Coronel Ulysses (Patriotas) nas pesquisas para o Governo está gerando boatos na oposição. Uma das teses é que o senador Gladson Cameli (PP) poderá convidá-lo para ser o seu vice. Na minha opinião, isso seria um erro duplo, tanto para o PP quanto para o Patriotas que terá a chance de crescer no Estado com uma candidatura própria.

Palavra de aliado
O deputado estadual Gehlen Diniz (PP) me falou que o Gladson está sofrendo muito pressão para indicar o seu vice. Nas palavras de Gehlen: “Se eu fosse ele lançaria a candidatura e quem quisesse vir comigo que viesse sem imposição, mas por convicção”. O Gehlen está correto.

A tese do PSB
O deputado estadual Manoel Moraes (PSB) acha que o melhor nome para vice do Marcus é o deputado federal César Messias (PSB). Pode até ser, mas não acredito que o César queira ser vice novamente. Depois de oito anos divididos como vice de Binho Marques (PT) e Tião Viana (PT) seria um desgaste pessoal inútil.

Coligação forte
Também nas conversas de bastidores da ALEAC pude perceber que existem possibilidades reais do PC do B e o PSB formarem juntos uma chapa para deputado estadual. Nesse caso, seriam três nomes puxadores de votos, Manoel
Moraes (PSB), Jenilson Leite (PC do B) e Edvaldo Magalhães (PC do B). Acho que conseguiriam eleger quatro com certeza.

Força da Mulher
A sub secretária de Pequenos Negócios, Silvia Monteiro, poderá deixar o PT nos próximos dias para se filiar ao PMB (Partido da Mulher Brasileira). Ela irá disputar uma vaga como deputada federal. Não subestimem a sua capacidade de votos depois de oito anos ajudando pessoas humildes a terem o seu próprio negócio.

Eficiente
Silvia Monteiro é uma trabalhadora incansável das causas sociais. Sem muito alarde tem tido contato direto com milhares de pessoas na “ponta” tanto nas suas funções na secretaria quanto ainda no tempo em que foi assessora do então senador Tião Viana. Ela tem serviço prestado e seria uma boa deputada.

Perda irreparável
Quem mais perde com a desistência do deputado estadual Chagas Romão (PMDB) de ir à reeleição é o deputado federal Flaviano Melo (PMDB). O Chaguinha é um “avião” numa campanha e sempre “casou” seus votos com o do atual presidente acreano do PMDB. Não é à toa se elegeu seis vezes como estadual.

Trocando de time
Ouvi uma história de que o ex-deputado estadual Jamyl Asfury irá trocar o PEN (atual Patriotas) pela direção do PSC que sempre esteve sob domínio da ex- deputada Antônia Lúcia (PR). Mas esse tipo de informação é melhor esperar.
Será que a Missionária está abrindo mão do PSC?

Sempre uma surpresa
Ninguém se iluda com o ex-deputado estadual Valter Prado. Até as convenções partidárias o Xerife vai ser notícia se filiando num partido ou outro. Apoiando a FPA ou a oposição. O que o Valter vai fazer verdadeiramente é uma incógnita.

Cicerone
O deputado estadual Manoel Moraes estava fazendo as honras da casa para o prefeito de Epitaciolândia , Tião Flores (PSB), na ALEAC. Com seu jeito “mineiro” de fazer política em silêncio Manoel terá três prefeituras “aliadas” na eleição. Epitaciolândia, Xapuri e Rio Branco, em que Socorro Nery (PSB) assumirá a titularidade a partir de abril de 2018.

Um nome vindo de fora
Acredito que se essas articulações ou especulações silenciosas para a vice de Marcus Alexandre se tornarem reais todos os partidos da FPA ganham. Primeiro que deverá ser escolhido uma legenda para a filiação da “personagem”. Então como não será ninguém orgânico do PDT, PSB ou PC do B os ajustes e contentamentos ficarão mais fáceis. Mas vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela para ver se sairão do roteiro para ganharem as telas de todas as televisões acreanas. Por enquanto tudo está ainda no plano da imaginação.