O mais importante numa eleição é o debate de ideias. A apresentação de propostas diversas para a gestão do Acre é fundamental para o eleitor poder escolher o melhor para a sua vida. Mesmo porque num Estado que ainda sobrevive do contracheque dos serviços públicos a presença e a influência do Governo na vida privada dos cidadãos e cidadãs acreanas é notável. Quando se tem apenas duas candidaturas as possibilidades de um saudável confronto de propostas ficam restritas. Numa eleição é importante que a sociedade tenha os seus vários setores e formas de pensar representados. Pessoas que se destaquem podem e devem se colocar à disposição da população. E quem não quer nenhum dos dois nomes apresentados e, teoricamente, favoritos? No caso Marcus Alexandre (PT) e Gladson Cameli? Não existe apenas o petismo e o antipetismo no Acre. Na realidade, acho que os eleitores na hora H não votarão em partidos, mas em pessoas que acreditem ter capacidade administrativa. Por isso, acho que o deputado federal Major Rocha (PSDB) e o reitor da UFAC Minoru Kimpara seriam dois nomes bastantes representativos para participarem do debate eleitoral para o próximo Governo do Acre.
Por que o Rocha?
O deputado Rocha foi um deputado estadual bastante atuante. Está fazendo um mandato de deputado federal muito bom. Rocha representa o pensar de uma parte da sociedade. Tem uma boa formação acadêmica, jornalismo e direito, e a experiência de fazer parte de uma das principais e mais representativas instituições acreanas, que é a Polícia Militar. Acredito que Rocha teria uma contribuição maior a dar como candidato majoritário do que como proporcional.
Por que o Minoru?
O atual reitor fez uma verdadeira revolução na UFAC. Mesmo em tempos de vacas magras de recursos a Universidade nunca esteve tão ativa e presente na vida dos acreanos. Minoru reestruturou a parte física dos Campus da UFAC e otimizou o seu lado acadêmico aumentado o número de cursos de graduação, de mestrado e de doutorado. Interiorizou a instituição. Não é à toa que Minoru foi reeleito reitor com quase 90% dos votos da comunidade universitária representando um universo de 20 mil pessoas no Estado.
Quadro representativo
Soma-se os candidatos já declarados. Marcus Alexandre, um gestor experiente que passou pela Secretaria Estadual de Planejamento, DERACRE e prefeitura de Rio Branco. Gladson Cameli dois mandatos de deputado federal e um de senador. O Coronel Ulysses que além do comando da PM também tem os seus negócios privados. E o Lyra Xapuri (PRTB), um jovem sonhador, que representa a voz de uma parte da população humilde. Assim teríamos um debate qualificado para o Acre realizar na sua gestão as transformações necessárias.
Não tem pra onde correr
Nesse caso de uma disputa eleitoral ampla e diversificada os debates de rádio e televisão entre os candidatos se tornaria essencial para a escolha da população. Se alguma das candidaturas, que já se considera vencedora, quisesse fugir do debate teria o julgamento adequado do eleitorado. O povo precisa saber quem é quem e qual a capacidade de cada um para governar o Acre.
Besteira
Essa história da união das oposições é uma falácia. Se qualquer partido apresentar um nome que caia no gosto da população irá vencer com ou sem a famigerada união das oposições. Os eleitores vão escolher quem acreditarem ser o melhor para o Estado indiferente do seu partido. É assim que eu penso.
Tiro errado
Acho que a pesquisa da TV Gazeta cometeu um erro ao não colocar o nome do jovem Lyra Xapuri, conhecido como Locutor do Formigão, na sondagem. O rapaz já se declarou candidato. E por que uma pessoa simples não pode ser candidato a governador? Isso é só para os especiais endinheirados? Se ele se dispõe e tem os requisitos exigidos por lei tem que ser respeitado. Deixem o julgamento para o eleitorado.
Dando voz
Resolvi perguntar ao Lyra como entendeu ter sido alijado da pesquisa. Ele respondeu: “Não sou do interesse das elites porque posso estragar a festa deles. Colocar água no vinho dos poderosos. Como não aceito essa velha politicagem me deixaram de fora da pesquisa. Eles têm medo do novo. Tenho um nome limpo e os caciques da política do Acre têm medo. Mas o povo é sábio e já está cansado dessa política velha e fatigado de tanta mentira. Por isso serei candidato representando esse sentimento de mudança que está vivo dentro de mim e de todos os acreanos,” afirmou o Locutor do Formigão.
A hora da verdade
Numa coisa o Lyra tem razão: chega de mentiras. Tem muito político acreano enganando a população. Fazem uma trilha de promessas para as pessoas sem a menor intenção de cumpri-las. Alguns são ainda piores porque se aproveitam da “pobreza” das pessoas para engana-las. Ficam trocando votos por migalhas. É uma loucura. Essa sedução do eleitorado no plano pessoal com promessas de ajudas diretas deveria ser denunciada. Ainda que esse tipo de atitude pode ser um tiro pela culatra. Tem alguns que mentem tanto que não sei como chegarão nas eleições. As mentiras de anos acumuladas podem começar a cair sobre eles. Ser governador do Acre não é brincadeira de criança e nem um espelho para a projeção de vaidades pessoais.
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