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Após denúncias, Hosmac volta a agendar consultas médicas

Por
João Renato Jácome

Os agendamentos de consultas voltaram à normalidade no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), em Rio Branco, após uma série de denúncias veiculadas pelo ac24horas. Diante do problema, dezenas de pacientes estavam sem fazer consultas ou retirar remédios na farmácia do hospital, o que já prejudicava o tratamentos deles.


Desde a semana passada, quando iniciadas as queixas sobre o problema que já durava quase um mês, o secretário adjunto de Atenção à Saúde, Raicri Barros, não deu sequer uma palavra sobre o assunto com o portal. O gestor foi procurado no gabinete dele, mas também não foi encontrado.


Ana Ribeiro, que toma remédios para dormir e controlar os ânimos no dia a dia, chegou a reclamar por três vezes do problema, mas agora comemora que teve a consulta agendada para a primeira semana de novembro, quando poderá conseguir a receita do remédio que toma.


“Não consegui consulta com um psiquiatra, mas o clínico geral vai puder passar o remédio. Eu já estava desesperada. Só tenho cinco comprimidos, isso quer dizer que se eu não conseguir emprestado, vou ter que ficar uma semana sem a medicação. Se não fosse vocês, não tinha resolvido, o pessoal de lá mesmo falou”, conta.



A enfermeira Maria de Fátima Alencar, que acompanha o tratamento do marido, também diz ter conseguido o agendamento. Ela conta que chegou a ir também na Ouvidoria da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) para denunciar o problema, mas que nem assim ele foi resolvido.


“Graças a vocês eu consegui agendar a consulta do meu marido. Vai ser em novembro mesmo e a funcionária contou que saiu na imprensa e que eles arrumaram o sistema por causa disso. Graças a Deus agora deu certo e se der problemas de novo nós vamos denunciar para eles fazerem alguma coisa”, afirma.


PEDIDO DE INTERDIÇÃO


O Ministério Público Estadual (MP/AC) pediu, em janeiro desse ano, a interdição imediata do Hosmac. Entre os problemas percebidos, estavam a falta de condições de trabalho e clínica, sem médicos e medicamentos, além da falta de alimentos, segurança, iluminação e roupas para troca após o banho. Pacientes eram obrigadas a dormir no chão sem cobertores devido à falta de leitos e colchões.


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João Renato Jácome

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