“Subo à tribuna indignada com o que estão fazendo com as mulheres do Estado do Acre”, disse a deputada Eliane Sinhasique (PMDB), ao informar que “as mulheres estariam sofrendo o pior golpe que poderiam sofrer” no que ela classifica como grave erro de interpretação de uma ação ordinária protocolada pelo CRM, que foi interpretada de forma errônea pelos gestores da saúde.
“Isso significa que as mulheres não podem mais ter seu PCCU coletado por enfermeiros, apenas por médicos, mas não é isso que diz a ação ordinária protocolada pelo CRM. Em todos os postos estão dizendo que não coletam mais o exame porque CRM ajuizou uma ação contra a União e entenderam que os enfermeiros não podem mais coletar a lâmina do PCCU”, diz Sinhasique.
Segundo a parlamentar, o que está sendo contestado pelo CRM é o enfermeiro solicitar exame. “Está havendo um equivoco enorme que está prejudicando as mulheres. Desde que me entendo por gente os enfermeiros é quem fazem a coleta da lâmina de PCCU. As mulheres que moram no interior estão sendo prejudicadas, já que se deslocam de longas distâncias e não realizam o exame”.
Sinhasique ressalta que as mulheres de localidade isoladas vêm à cidade apenas para realizar a coleta, “mas chegam aqui e recebem a notícia que o enfermeiro não pode coletar e que ela tem que agendar uma consulta na Fundação Hospitalar, que pode demorar meses para acontecer. O governo não pode tratar as mulheres dessa forma”, protesta a peemedebista na tribuna da Aleac.
A deputada informa que o Estado não disponibiliza médicos suficientes para atender a grande maioria da população que é a feminina. “São essas mulheres que gestam, que colocam seus filhos no mundo, amamentam e trabalham como machos para sustentar suas famílias quem estão sendo prejudicadas por esse erro. Não podemos permitir que isso aconteça”, finaliza Sinhasique.