Nenhum dos dois é conhecido em todo o Estado. Lyra Xapuri (PRTB), o popular “Locutor do Formigão” é uma figura folclórica por trabalhar numa das lojas mais famosas da Capital. Por outro lado, o Coronel Ulysses (Patriotas) naturalmente tem a sua base dentro das tropas da PM. Mas os dois podem ser fatores decisivos para influenciar o resultado eleitoral na disputa pelo Governo do Acre, em 2018. Se o capitão do Exército reformado e deputado federal Jair Bolsonaro (Patriotas) continuar a crescer para presidente da República poderá alavancar uma votação expressiva para o militar acreano. Já o “Locutor do Formigão” tem a cara de “voto de protesto”. Se fizer uma campanha bem humorada poderá despertar o interesse dos eleitores que não querem votar nos dois candidatos teoricamente favoritos, Marcus Alexandre (PT) e Gladson Cameli (PP). Tanto Lyra quanto Ulysses podem ser ainda fatores decisivos para levarem as eleições ao segundo turno. Mesmo que não ganhem eles podem se cacifarem para conseguirem posições de importância na próxima gestão governamental. Mas obviamente que resultado eleitoral a gente só tem depois de abertas as urnas. Então quem quer que seja candidato sempre tem chance.
Mais gente
O jovem publicitário Rodrigo Pires, presidente do Livres, também já manifestou a intenção de ser candidato ao Governo do Acre. Esses dias esteve reunido com o deputado federal Alan Rick (DEM) e o próprio Ulysses. Pode estar viabilizando seu nome como alternativa.
Nem tudo são flores
O deputado federal Major Rocha (PSDB) afirmou pra mim que o Ulysses não terá o apoio de grande parte da corporação da PM. Segundo Rocha, o fato do coronel não ser concursado, o que internamente se chama “janeleiro”, e ter tido ligações com o PT no passado podem dificultar as coisas pra ele.
Mais gente no caldeirão
Acho importante que a eleição ao Governo do Acre tenha mais de dois candidatos. É hora da nossa sociedade conhecer a diversidade de ideias e ideais. Assim também, na hipótese de um dos candidatos querer fugir dos debates televisivos, o povo vai poder saber quem é quem.
Tudo incerto
Pela conversa que tive com o deputado Rocha nada está definido. Muitas coisa ainda poderá acontecer até as convenções partidárias de 2018 em relação ao candidato para o Governo e também com os pretendentes ao Senado da oposição. Não senti que o Rocha tenha jogado a toalha definitivamente de ser candidato majoritário.
Jogo duplo
A ex-prefeita e deputada estadual Toinha Vieira (PSDB) fez recentemente uma reunião para apresentar o prefeito da Capital Marcus Alexandre (PT) como seu candidato ao Governo, em Sena Madureira. No encontro, 90% dos presentes eram todos da oposição. As chances do grupo político da Toinha e do Zé Vieira virem a apoiar o Gladson Cameli (PP) são praticamente nulas. Outra definição é que Toinha continuará no PSDB.
Livre, leve e solta
O Rocha, presidente do PSDB acreano, já avisou que não pretende punir a ex- prefeita de Sena. “Se tem vários deputados da oposição que estão apoiando publicamente a candidatura do Ney Amorim (PT) ao Senado e não são punidos por que eu deveria punir a Toinha?” indagou o parlamentar tucano.
Nenhum voto
O julgamento no plenário do Senado do afastamento ou não do senador Aécio Neves (PSDB) não terá votos dos senadores acreanos. Jorge Viana (PT), Gladson Cameli (PP) e Sérgio Petecão (PSD) estão em viagens oficiais internacionais representando a Casa e não participarão da sessão, nesta semana.
Disputa caseira
Me chegam informações de uma disputa que poderá causar conflitos futuros. A deputada Jéssica Sales (PMDB) é naturalmente candidata à reeleição com o apoio do seu pai, ex-prefeito Vagner Sales (PMDB). Por outro lado, o atual prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (PMDB), deverá apoiar o seu primo Rudilei Estrela (PP) para federal. Muito difícil os dois serem eleitos. Um vai para a balsa.
Não lógica
Obviamente que Jéssica é favorita para se reeleger. Mas a disputa de votos nos grotões do Juruá poderá se complicar com Ilderlei pedindo voto para o seu primo. Agora, não tem lógica. Quem elegeu Ilderlei foi o Vagner, que poderá ter no seu escolhido um adversário para a eleição da filha. Complicado, né?
Santo de casa não faz milagre
A possível ida da deputada estadual Maria Antônia (Pros) e, consequentemente, do grupo do ex-prefeito Dêda para o PDT não agrada ao diretório do Juruá. Pelo menos foi o que me disse o ex-vereador Soriano (PDT) que dá as cartas da legenda na região.
Outros planos
Soriano será candidato a deputado federal e o PDT de Cruzeiro do Sul pretende lançar um nome forte para estadual. O fato é que o PDT tem atualmente quatro vereadores eleitos no município (a maior bancada) que apoiam a gestão de Ilderlei do PMDB. É uma força política considerável. O presidente do PDT Luiz Tchê vai ter que se virar nos 30 para acalmar os ânimos.
Cheiro de fumaça
Um filiado tradicional do PC do B questionou o fato do PDT ter vereadores em Cruzeiro do Sul e Porto Walter que apoiam prefeitos de oposição à FPA. Uma das maiores lideranças do PDT no interior, Chico Batista (PP), mudou para o PP para ajudar na eleição da prefeita Marilete Vitorino (PSD). Tudo isso será questionado pelos comunistas na hora da indicação da vice da chapa da FPA.
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