Um pai que buscou atendimento para o filho de dois anos no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) fez um vídeo para mostrar que não havia nenhum médico consultando no ambulatório. Alterado, e desesperado, o pai grita que um pediatra que estava de plantão no domingo se negou a atender a filha dele no setor especializado.
Nas imagens é possível ver que o hospital está praticamente vazio. O vídeo, feito por volta das 5 horas, mostra poucos pacientes e alguns servidores que trabalham no local. Na sala de Classificação, onde uma dupla composta por médico e enfermeiro recebe e atende inicialmente os pacientes, não havia ninguém.
O pai, já desesperado com a situação, começa a grita e narrar as imagens. Em pouco mais de um minuto de gravação ele diz: “Essa é a realidade hoje do Pronto Socorro. Não tem ninguém para fazer a classificação, e o pediatra se negou a atender o meu filho de dois anos. Não aparece um responsável. Um ambiente de total descaso”, diz o pai.
Uma servidora do hospital conversou com o ac24horas e confirmou a situação. Ela relatou que a falta de médicos é normal no local e que muitos deles largam o plantão no meio da madrugada. “Às vezes tem poucas pessoas ou ninguém no hospital. Como não querem mais atender, os médicos vão embora, e só voltam quando querem, e se voltar”, relata.
A situação, segundo a Direção do Huerb, não é a apresentada no vídeo. Havia médico no hospital, mas ele estava em atendimento no setor de Emergência. O enfermeiro estava o ajudando, no mesmo atendimento. O hospital também nega que o pediatra tenha se recusado a atender a criança. Além disso, alega que o pai estava alterado desde que chegou à unidade.
O que chama atenção é que um dos seguranças do hospital aborda o pai e o manda parar de filmar. O segurança também coloca as mãos no homem que relata o “descaso” em que vive o hospital. Nesse momento, ele grita: “Baseado em que eu não posso filmar? Isso aqui é um ambiente público! Não toque no meu celular, se você me tocar, vou processar o Pronto Socorro!”, ameaça.
Após isso, o pai atende à solicitação do segurança e para de gravar. As imagens o mostram retornando para o hall de acolhimento do hospital, onde, segundo a servidora, aguardou o atendimento que antes não tinha conseguido. Ainda segundo a Direção do hospital, o enfermeiro plantonista também foi ao banheiro após ajudar o médico e a criança de dois anos não estava em emergência.
“Antes o governador vinha aqui todo domingo, era difícil o domingo que ele não vinha. Ele olhava desde aqui na frente até os pacientes, conversava e as coisas funcionavam melhor. Agora, ele nem vem mais. Muito difícil a gente ver ele aqui. Ele me lembro de ter visto o governador quando o pai dele morreu. Depois não vi mais”, diz a servidora com mais de 20 anos de serviços prestados no hospital.
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