O presidente do PDT, o ex-deputado Luiz Tchê disse na manhã desta quinta-feira (5), que os deputados federais do Acre que votaram contra o Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que destinará 30% do valor das emendas de bancada para financiar campanha eleitorais, devem assumir o compromisso de abrir mão do dinheiro para suas campanhas, quando buscarem reeleição na disputa eleitoral do próximo ano.
“Os deputados que votaram contra o fundo de campanha devem abrir mão do dinheiro. Não é justo que quem votou contra o fundo se queime e quem votou contra fique apenas com os benefícios. Os parlamentares da bancada federal do Acre precisam provar ao eleitor que realmente são contra o financiamento público de campanha. A melhor maneira é assinando um termo abrindo mão”, diz Tchê.
Segundo o pedetista, o “Fundão” não pode ser considerado imoral nem prejudicial ao povo brasileiro. Tchê acredita que o financiamento público de campanha coloca um ponto final na barganha de empresas com partidos por benefícios na máquina pública, prática que resultou nos escândalos de corrupção patrocinados pela Odebrecht e o grupo JBS envolvendo medalhões da política partidária brasileira.
“Os deputados que foram contra o fundo não devem jogar apenas para plateia como fizeram na votação. Espero que eles provem ao eleitor que não querem nem vão utilizar esse dinheiro. Quero ser testemunha que os deputados Major Rocha, Jéssica Sales, Alan Rick e César Messias farão suas campanhas sem utilizar o dinheiro do o Especial de Financiamento de Campanha”, ressalta Luiz Tchê.
O dirigente do PDT destaca que o deputado federal Major Rocha é o presidente regional do PSDB, um beneficiado direto pelo financiamento de campanha. Outro exemplo, segundo Tchê, é que Jéssica Sales faz parte da cúpula do PMDB do Acre, portanto, se beneficiará. Ele destaca ainda que Alan Rick e César Messias seriam pessoas próximas aos dirigentes nacionais de DEM e PSDB, respectivamente.
“Todos que votaram contra serão beneficiados diretos pelos recursos do fundo de campanha. Eles têm ligações diretas com as direções estaduais e influência nas executivas nacionais de seus partidos. A diferença é que quem votou a favor vai enfrentar o desgaste, já os que votaram contra caíram nas graças do eleitor, mas no final serão beneficiários diretos do dinheiro público em suas campanhas”, finaliza Tchê.