É uma questão matemática. O presidente da ALEAC Ney Amorim (PT), pré-candidato a senador poderá ser o segundo voto de muita gente na oposição. No momento, tenho percebido pelas conversas de bastidores, que os grupos do senador Petecão (PSD) e do Márcio Bittar (PMDB), que também concorrerão às duas vagas do Senado, não se bicam muito. Assim a alternativa para muitos desses apoiadores da oposição é votar no Ney Amorim. Somados aos votos que terá naturalmente dos partidos que compõe a FPA, juntamente com o senador Jorge Viana (PT), candidato à reeleição, o petista poderá surpreender. Por enquanto, acho muito difícil os simpatizantes de Petecão e Bittar se unirem.
Todos sabem das divergências do deputado federal Major Rocha (PSDB) com o Márcio. Além de outros apoiadores de Petecão que também não simpatizam com ele. No PMDB, também existem militantes que não “confiam” no senador Petecão, e que podem escolher um dos dois candidatos do PT. Esse “racha” entre os oposicionistas poderá ser um impulso forte para a FPA eleger os dois senadores.
Dobradinha “possível”
Por outro lado, Jorge Viana também poderá se beneficiar do segundo voto dos simpatizantes do Petecão e do Bittar. Assim a sacola de votos de Viana poderá vir recheada de votos da oposição. Claro que ainda é muito cedo para uma avaliação precisa. Mas no momento a realidade é essa.
Na hora H cada um pra si…
Os quatro prováveis candidatos ao Senado mais fortes pelas duas vagas do Acre acredito que farão campanhas independentes. E ninguém vai recusar apoio de eleitores simpáticos aos concorrentes do outro lado. Isso vale tanto para a oposição quanto à FPA.
Fator imprevisível
É evidente que se surgirem outros nomes ao Senado de partidos menores a balança poderá se desequilibrar. Por exemplo, se a Rede lançar um nome forte para concorrer a tendência é casar votos com Jorge Viana. Mas tem o advogado Sanderson Moura que pode puxar votos com um dos dois oposicionistas.
Erro estratégico
Acredito que o PMDB tenha escolhido mal o seu candidato ao Senado. Bittar é polêmico e desperta desconfiança em muita gente da oposição. Seria melhor um nome mais leve, alguém novo na política. Bem mais fácil de promover a
dobradinha com Petecão que tem o direito natural de ser candidato à reeleição.
Prata da casa
Na minha avaliação, até mesmo o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) seria melhor para o PMDB e à oposição do que o Bittar. Mas como a política não é uma ciência precisa tudo fica no campo da observação de tendências porque quem decide é vossa excelência o eleitor. Então as surpresas sempre podem acontecer.
Vinde a nós
Outra coisa, o PMDB deve saber que vai ter que bancar a candidatura de Bittar. Dificilmente ele vai investir recursos próprios na sua campanha. Não é o seu estilo. Se o partido estiver capitalizado para fortalecer o seu candidato majoritário então estará no páreo. Todos já sabem como é eleição no Acre.
Jesus na causa
O deputado estadual Jesus Sérgio deverá trocar o PDT pelo PP para ser candidato a deputado federal. Jesus já parou de criticar as obras da BR 364, sob a batuta política do senador Gladson Cameli (PP), e passou a elogiar. O fato é que Jesus irá mudar de lado.
Ressentimentos à parte
O PT de Cruzeiro do Sul não apoiar a pré-candidata a deputada estadual pelo PSB, delegada Carla Brito (PSB) é natural. Agora, será estranho não apoiar o deputado estadual Jonas Lima (PT) à reeleição que é do Juruá e está fazendo um mandato produtivo.
Bairrismo
Não sei se o grupo de petistas da DR, comandada pelo assessor Carioca Nepomuceno, tem alguma carta na manga para o Juruá. Todo mundo sabe que ele e o Jonas não morrem de amores um pelo outro. Mas se quiserem impor um nome da Capital o tiro poderá sair pela culatra e ser um fiasco. Pense num povo bairrista.
Além do mimimi
Outra coisa, a Carla Brito foi muito bem votada para prefeita de Cruzeiro do Sul. O PSB tem muitos militantes ligados ao deputado federal César Messias (PT). Nem sei se ter o apoio dos petistas da DR do município irá ajudar ou atrapalhar a delegada. Pode não ter apoio do PT, mas certamente terá de Jorge Viana e de Marcus Alexandre (PT), afinal será candidata pela FPA.
Na espreita
Quem sempre me disse que pretende ser candidato a deputado estadual pelo PSB é o radialista Nonato Costa (PSB). Tem andado bastante, principalmente, por Porto Walter e zona rural de Cruzeiro do Sul. Mas é disciplinado e deve seguir a orientação de César Messias. Se a Carla for candidata poderá abrir mão das suas pretensões.
Indo muito bem
Quem também deve entrar forte nessa disputa para deputado estadual é o vereador de Rio Branco, Roberto Duarte (PMDB). Recentemente recebeu uma medalha no Pará, após uma pesquisa do Instituto Tiradentes, como o vereador
mais atuante da Capital. Realmente tem se destacado como parlamentar.
Volta às origens
Conversei com o deputado estadual Chagas Romão (PMDB) sobre os motivos para não ser candidato à reeleição para um sétimo mandato. Sempre muito humilde, Chaguinha me disse que quer abrir um comércio em algum ponto de Rio Branco, mas que não vai abandonar a política, só o mandato.
Espaço vazio
Na Capital acredito que a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) e Roberto Duarte devam ir buscar os votos órfãos do Chaguinha. Em Xapuri, a tendência são esses votos migrarem para o deputado estadual Manoel Moraes (PSB), que poderá ser um dos mais bem votados em 2018.
Um vice com possibilidades
Tenho recebido de várias fontes a informação que o médico oftalmologista Eduardo Veloso, filiado ao PP, poderá ser o vice de Gladson Cameli. Bem sucedido profissionalmente como médico e empresário Veloso se encaixa bem no perfil pretendido por algumas correntes da oposição. A tendência seria Veloso se filiar ao PSDB para compor a chapa majoritária. Por outro lado, o DEM receberia a suplente do Senado, Mailza Gomes (PP), nas suas fileiras, na tentativa de agradar gregos e troianos.