O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje (21) novas sanções unilaterais contra a Coreia do Norte, com o objetivo de cortar o financiamento de seu programa de mísseis balísticos ao restringir ainda mais o comércio com o país asiático. A informação é da agência EFE.
“Anuncio uma nova ordem executiva que expande significativamente a autoridade (dos EUA) para perseguir indivíduos, companhias e instituições financeiras que financiam e facilitam o comércio com a Coreia do Norte”, disse Trump, durante um almoço com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em Nova York.
“Os bancos estrangeiros enfrentarão uma ameaça clara: fazer negócios com os EUA ou facilitar o comércio com o regime sem leis da Coreia do Norte”, acrescentou Trump. Ele disse que a nova ordem executiva proporciona “poderosas novas ferramentas” ao Departamento do Tesouro e que o regime de Pyongyang “já não poderá contar com que outros facilitem suas atividades comerciais e bancárias”.
“Convidamos todas as nações responsáveis a implementarem as sanções da ONU e imporem suas próprias medidas [de restrição]. O que buscamos é a desnuclearização completa da Coreia do Norte”, acrescentou Trump.
Além disso, o presidente americano informou que o Banco Central da China ordenou às suas entidades financeiras a deixar de fazer negócios com a Coreia do Norte, embora Pequim ainda não tenha confirmado essa medida.
“Estou muito orgulhoso de dizer-lhes (…) que a China, o seu banco central, ordenou ao resto dos seus bancos, um enorme sistema bancário, a deixar imediatamente de fazer negócios com a Coreia do Norte”, disse Trump durante o almoço com o presidente sul-coreano e o premiê japonês.
A China é o principal parceiro comercial de Pyongyang e tradicionalmente o seu principal apoio político, mas nos últimos meses referendou a aprovação de duras sanções contra o país por parte do Conselho de Segurança da ONU.
Diálogo aberto
Quando um jornalista presente ao evento perguntou a Trump se ainda era possível manter um diálogo com a Coreia do Norte, o magnata respondeu com outra pergunta: “por que não?”.