O ex-deputado federal Márcio Bittar (PMDB) irá se filiar oficialmente ao PMDB, nesta sexta, 15, no auditório da Livraria Paim, às 19hs, em Rio Branco. É esperado para o evento o presidente nacional do partido senador Romero Jucá (PMDB-RR). Especula-se que o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) também possa prestigiar o evento, mas ainda não está confirmado.
Bittar, será a aposta das principais lideranças peemedebistas, como o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) e o ex-prefeito Vagner Sales (PMDB), para disputar uma das vagas ao Senado, em 2018, pela oposição.
No entanto, o anúncio do nome de Bittar na composição da chapa majoritária da oposição, vem criando algumas polêmicas internas. Notadamente o deputado federal Major Rocha (PSDB) e alguns parceiros do senador Sérgio Petecão (PSD) têm feito críticas públicas ao novo peemedebista. Conversei com Bittar sobre essas questões. Confira abaixo:
AC24horas – Márcio Bittar, como o senhor pretende pacificar os desafetos da sua candidatura ao Senado da oposição? Levando-se em conta que como candidato majoritário o senhor vai precisar de todo o apoio disponível?
Márcio Bittar – Primeiro, com alguns exageros aqui e acolá, não acho que nada tenha acontecido tão grave que impossibilite alianças. Costuma-se dizer que na política as pessoas brigam e no outro dia estão juntas. Isso não é só na política, mas é um comportamento normal do ser humano, na família, no ciclo de amizades e etc. Mas a política é mais assistida por todo mundo.
Da minha parte não tenho mágoa e nem rancor de absolutamente ninguém, nem com o pessoal do Governo do PT. É dialogando que se resolvem essas questões. Acho que já avançamos muito ao definir as candidaturas majoritárias do Gladson Cameli (PP) ao Governo, do Petecão ao Senado e, agora, o PMDB pleiteando a outra vaga.nAcho que isso está mais ou menos consensual. O PSDB e o DEM têm quadros à altura de compor uma chapa com o Gladson.
O PMDB em nenhum momento teve essa pretensão porque está satisfeito com a candidatura ao Senado. Tudo pode ser resolvido com uma única arma que é o diálogo. Não conheço nenhuma outra arma, principalmente, na oposição, para resolver essas desavenças que não seja dialogando, conversando e buscando o interesse maior que é a substituição desse modelo político que comanda o Acre há 20 anos.
AC24horas – Mesmo com o deputado federal Major Rocha, com quem o senhor teve vários desentendimentos, acha possível uma conciliação? Ele, inclusive, alega que o senhor tem encomendado gente na imprensa para ataca-lo.
Márcio Bittar – Quando eu faço esse comentário é para todos. É em relação ao Rocha, ao Petecão, ao Bocalom, a todo mundo. Não tenho nenhum problema em conversar com qualquer um deles. O Rocha foi meu candidato a deputado federal e não me arrependo. Ele cumpre um bom mandato de federal assim como cumpriu também de deputado estadual. Não controlo, não tenho participação e nem ajudo financeiramente nenhum veículo de comunicação do Acre. O que tenho são algumas amizades com jornalistas. Objetivamente não tenho problemas com o Rocha e nem com ninguém.
Estou num momento mágico. O PMDB ter me amparado e me acolhido é comovente. Um partido que tem dois deputados estaduais atuantes como o Chagas Romão (PMDB) que trabalha ao seu estilo sem abandonar o time. A Eliane Sinhasique (PMDB) que é uma pessoa com uma garra impressionante, totalmente dedicada ao mandato, uma mulher admirável.
Outros dois deputados federais, como o Flaviano que já foi tudo na política do Acre e tem uma experiência impressionante, sensato, que sempre foi uma referência pra mim. A Jéssica Sales (PMDB) que é uma revelação na Bancada Federal, uma pessoa que consegue, mesmo numa época de crise, liberar emendas extra-orçamentárias. Eu vi isso de perto no Juruá. Ela conseguiu milhões pra Cruzeiro do Sul e os municípios onde atua mais fortemente.
O quadro do PMDB tem vários vereadores, inclusive, o Roberto Duarte (PMDB), o mais votado em Rio Branco e prefeitos. Ganhar esse apoio me comove muito. Estou feliz em ter feito uma peregrinação pelo Estado com o Flaviano e o Vagner e, a minha filiação vai ser um dia de festa. Estou em paz e o coração tranquilo.
AC24horas – Os seus adversários da FPA e da oposição alegam que o senhor não têm vínculos com o Acre. Não têm mais bens e só vem em tempos de eleições. O quê o senhor diria sobre isso?
Márcio Bittar – Em relação ao que os adversários dizem ao meu respeito me dá até uma ponta de orgulho. Porque o que eu tenho basicamente é o meu nome, esse é o meu patrimônio. É o fato de ter passado por vários cargos importante e não ter respondido sequer a processos administrativos. Eu defendo ideias. Eu fui da esquerda e dei uma guinada ao longo de décadas. Hoje tenho uma visão totalmente liberal. Acho que o mercado da livre iniciativa é quem toca a economia, o Estado não tem capacidade para isso. Sou conservador no sentido clássico. A sociedade construiu valores que não devem ser rompidos de uma hora pra outra porque foram eles que nos trouxeram até aqui.
Como defendo ideias não tenho nada pessoal contra o Governo do PT, nem contra o Tião Viana (PT) e com o Jorge Viana (PT), muito menos. Acho que quando faltam argumentos então vêm as agressões. A crítica que sempre recebi, desde que disputei a prefeitura de Rio Branco, é que eu não sou daqui e que só venho de quatro em quatro anos. Isso é algo de quem não conseguiu encontrar nada substancioso contra mim, nenhum falta grave. Não podem dizer que sou alguém que diz uma coisa e faz outra.
Eu sou acreano desde os 10 anos de idade, mas nunca omiti que não nasci no Acre. Já tive oportunidades e convites de trabalhar e morar em outros estados. Governadores já me convidaram e não sei quantos políticos acreanos tiveram convites como eu tive. E sempre disse não. Isso para governadores e prefeitos eleitos de cidades muito bem colocados, com um bom padrão de vida, como Barueri (SP), por exemplo. Os governadores do Amazonas e do Mato Grosso do Sul já fizeram convites e eu disse não a eles. Aqui no Acre estão as minhas raízes.
Essas críticas são de quem não conseguiu me atingir e joga nesse terreno de que não sou daqui e não apareço. Até parece que tem eleições todos os meses, porque todos os meses eu estou aqui. Essa é uma opção minha porque não tem eleição todos os meses. Na minha casa tem contas de luz, de água, de telefone. Até eu brincava com a minha esposa Márcia que deve ter um fantasma morando na minha casa porque todo mês temos despesa. É preciso paciência porque nada disso me tira o foco. Mas no geral está tudo bem.
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