Dezenas de moradores de Boca do Acre, no interior do Amazonas, foi às ruas para pedir o afastamento e posterior demissão do médico Fábio Silva, que atende no Hospital Maria Geny Lima, o maior da região. Na semana passada, ele teria, segundo denúncia, se negado a realizar um parto cesariana. O bebê morreu horas depois.
A mãe da criança, Leide Diana Silva, de 27 anos, contou ao ac24horas que estava com 39 semanas e cinco dias de gestação, e precisou de atendimento médico emergencial após dois dias de sangramento. Ela havia ficado em observação no hospital, mas acabou liberada horas depois.
Uma das organizadoras do protesto, Regina Peixoto, explica que a passeata “é um pato contra a atitude do médico que não quis fazer a cirurgia da Diana. Esse não é o primeiro bebê que ele se nega a fazer um parto. Não é o primeiro caso que acontece. Tem outros casos também. Queremos o afastamento e demissão desse médico daqui”, critica.
Em conversa com o portal, o médico negou as acusações e disse que já tem mais de 15 anos de experiência na área da medicina. “Ela foi examinada por mim. Naquele momento, na quinta-feira, não tinha indicação de realizar a cesariana. O hospital não tem incubadora para eu fazer um parto assim. E se o bebê morresse, quem seria o culpado?”, questiona o médico.
O caso, com a repercussão negativa, foi parar na polícia. De um lado, a família acusa médico de ter sido negligente no atendimento da grávida. De outro, o médico diz que está sendo ameaçado, e teme pela vida das filhas e da esposa. O Ministério Público Estadual (MPE) e o Conselho Regional de Medicina (CRM) serão acionados pela paciente.
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