A Fundação Garibaldi Brasil (FGB) realizou, na noite desta quarta-feira, 23, no Cacimbão da Capoeira, uma reunião de pactuação entre representantes do movimento cultural de Rio Branco, Polícia Militar do Acre (PMAC) e moradores do entorno do espaço, onde, nos últimos meses, tem acontecido diversas manifestações artísticas e culturais.
No encontro, foram debatidas formas de melhorar a relação entre as partes. Entre os assuntos discutidos, estão o volume do som, a limpeza do ambiente após os eventos, o acesso de pequenos empreendimentos comerciais às atividades, entre outros.
“A FGB está de pleno acordo sobre a necessidade de repactuar essas atividades com as pessoas que vivem nas proximidades do Cacimbão. Precisamos estar em constante diálogo para aprimorarmos as relações entre o movimento cultural e as comunidades. Em um momento em que a cultura vem sendo criminalizada em todo o país, diálogos como esse são de grande importância”, afirmou o presidente da instituição, Sérgio de Carvalho.
Após o debate, criou-se uma comissão formada por representantes dos moradores, movimento artístico e poder público para construírem um modelo de gestão das ações promovidas no espaço, que deve receber mais uma atividade no próximo dia 3, domingo, em alusão ao Dia da Amazônia, comemorado em 5 de setembro, terça-feira.
O presidente da associação dos moradores do entorno, Kinho Brito, saiu satisfeito da reunião de pactuação. “Acredito que, daqui para frente, teremos eventos em que todos esses grupos aqui representados fiquem satisfeitos”, disse o líder comunitário.
A estudante universitária Iwlly Cristina é uma das realizadoras de atividades culturais no Cacimbão. Ela também avaliou como positivo o resultado do encontro. “Os eventos no Cacimbão trazem benefícios não só para quem os frequenta, do ponto de vista do lazer, mas também para pequenos comerciantes que tiram uma renda a mais”, pontuou.
O vereador Rodrigo Forneck, que presidiu a FGB nos últimos anos, também participou do encontro enquanto mediador. Para ele, o Cacimbão é um dos poucos espaços que conseguem aglutinar as mais diversas expressões culturais. “Não podemos deixar de fazer manifestações artísticas nesse ambiente. A saída é pensar uma regulamentação e apresentar um modelo de gestão para o espaço. Meu mandato está à disposição”.
Leandro Chaves – Assessoria FGB