Segundo Prado, as autoridades de segurança justificam até morte de mendigo com a ação de associações criminosas. “Quando apresentam os supostos criminosos que integram essas facções, eles estão de sandálias havaianas, roupas surradas, miseráveis que não têm nem o que comer, mas levam a culpa das execuções que acontecem com uso veículos, armas de fogo de grosso calibre e requintes de crueldade”.
O delegado aposentado revela que conversou com magistrados que compartilha de sua opinião. “Basta fazer uma rápida análise: Um flanelinha foi baleado, pronto, foram as fações, mas qual o interesse de uma associação criminosa em atirar num flanelinha? Está se abrindo um precedente perigoso para o cidadão, já que essa cortina de fumaça poderá ser usada para camuflar outros assassinatos de cidadãos de bem”.
Para Walter Prado, o que vem sendo passado à sociedade deixa qualquer cidadão sob suspeição. “Será que é mais fácil dizer que uma pessoa morreu porque era bandido do que aprofundar as investigações, procurar provas, ouvir os parentes da vítima, testemunhas? Os crimes têm origem, não ha crime insolúvel. Continuo dizendo que há um grupo de extermínio agindo novamente do Estado do Acre”, finaliza.