Uma das maiores ameaças a causar danos aos civis nas recentes guerras que a gente assiste pela televisão são os francos atiradores. Eles mataram milhares de pessoas na guerra civil dos Balcãs na separação da antiga Iugoslávia. Também fazem vítimas até hoje no conflito entre palestinos e israelenses. Sem falar da atuação deles nos vários atentados terroristas que já aconteceram nos Estados Unidos. O problema é a dificuldade de se reconhecer e prever a ação de um franco atirador. Ele pode estar em qualquer lugar, camuflado no meio da multidão, e age quando menos se espera. É um agente típico da guerrilha. Pois é isso que está acontecendo no Acre. As facções que lutam pelo domínio do tráfico de drogas e a hegemonia nos presídios se tornaram franco atiradores. Ninguém sabe quando vão agir e nem como. Dentro dos seus próprios códigos de justiça condenam e executam as sentenças de morte contra os seus adversários. O problema é que agora estão ameaçando o “aparato estatal”. Aliás, não é a primeira vez que isso acontece. Nos últimos três anos tivemos várias “madrugadas de terror” na Capital e no interior com a queima de ônibus, prédios públicos e assassinatos. O quê fazer para minimizar a ação desses grupos? Só o uso de inteligência estratégica. Não há outro remédio para curar esse mal que gera a sensação de insegurança à população acreana. A criminalidade está descontrolada e “cena de cinema” não resolve. Policiais nas ruas também não. Essas facções recuam e avançam conforme o interesse de mandar os seus recados para as autoridades e os inimigos. E comprovadamente têm um poder de fogo considerável com armamentos e organização estratégica.
Paliativos
Leio que foram feitas dezenas de prisões. Claro que isso faz os criminosos recuarem momentaneamente. Mas logo voltarão à carga se não for realizado um trabalho de inteligência para desmantelar o núcleo dessas facções. E isso não é muito simples.
Tiro no vento
Também não acho que trocar o Secretário de Segurança Emylson Farias irá resolver o problema sério que se apresenta à sociedade acreana. É preciso uma ação governamental global que envolva vários outros setores além da segurança. Ação social, educação, saúde pública, etc e tal…
Além das culpas
O governador Tião Viana (PT) culpa o Governo Temer (PMDB) pela desguarnição das fronteiras por onde entra a droga. Sem querer defender ninguém, mas isso é um problema que se arrasta desde FHC (PSDB), passando pelo Lula (PT) e a Dilma (PT). Não é uma coisa que começou ontem. Melhor que arrumar culpados é promover o diálogo com humildade.
União
O governador deveria convocar a bancada federal acreana e debater esse assunto da criminalidade no Estado. Sei que isso já foi feito, mas terá que acontecer de novo até surgir uma luz no fim do túnel. Se transformarem essa “tragédia” em política aí não vejo mesmo solução para o problema.
Medo
A atuação das facções não se restringe mais a Capital. Tem acontecido assassinatos em Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Tarauacá e Feijó. É uma situação que está deixando a população do Acre apavorada e insegura. Não vejo outro caminho, melhor é pedir ajuda das forças nacionais.
Repercussão nacional
Os atentados que aconteceram no Acre durante o final de semana repercutiram na imprensa nacional. Enquanto no Rio de Janeiro uma força tarefa nacional atuava o Acre pegava fogo literalmente. Por que não pedir ajuda aqui também?
Te cuida Petecão
O senador Jorge Viana (PT) já tentou se apossar do anão Montana Jack, fiel escudeiro do Petecão (PSD). Agora, o senador acreano deve se cuidar pra não perder a irmã para a Rede. A vereadora Lene Petecão (PSD) e o porta voz da Rede, Carlos Gomes (Rede) estão sempre juntos…
Além da piada
Deixando as brincadeiras de lado, a vereadora Lene está fazendo um bom mandato na Câmara Municipal de Rio Branco. Ela me disse que não será candidata a deputada estadual. Vai cuidar de aprofundar o debate sobre as necessidades da nossa Capital.
Por outro lado…
Tenho informações que o vereador Roberto Duarte (PMDB) será candidato a uma das vagas da ALEAC. A chapa do PMDB que irá disputar as eleições em 2018 para deputado estadual será muito forte. Quem piscar pode ficar de fora.
Último suspiro
Se o famigerado “Distritão” passar na reforma política os partidos “nanicos” podem dar adeus. As grandes legendas têm estruturas para conseguirem eleger os seus candidatos proporcionais. E quem não tiver representação no Congresso Nacional está excluído também das verbas partidárias. Então essa poderá ser a última eleição para vários “partidinhos”. Simples assim…
Entenda
O Distritão acaba com a proporcionalidade dos votos de legenda. Serão eleitos os mais votados. Assim aquele pessoal que tem uma cuia de votos e acaba entrando por conta das coligações estarão fora do páreo. Será uma disputa proporcional no estilo “quem pode mais chora menos”…
Mais atraente
O Distritão também deve diminuir muito os candidatos a deputado estadual e federal no Acre. As chances serão maiores para quem se filiar em partidos mais consolidados. Muitos aventureiros perderão o ânimo se essa proposta for aprovada. E pelas informações que tenho a possibilidade é de 90%.
Reforma necessária
O sistema político brasileiro está completamente decadente. Favorece a corrupção e não representa mais os anseios da população. Pelo que tenho lido é provável que a Reforma Política preceda a da Previdência. O problema é que os atuais deputados federais e senadores irão aprovar leis em causa própria. Acho que uma nova Reforma Política deverá vir se realmente o Brasil conseguir eleger em 2018 um presidente da República que tenha mais de 60% de votos. Enquanto o país continuar dividido será muito difícil acontecer as mudanças que a população espera.
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