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Mais de113 mil podem ser afetados caso exploração do xisto avance no Juruá

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Da redação ac24horas

Se conseguir liberação, a exploração do gás de xisto pode colocar em risco 113.629 acreanos e expor à devastação 2.957.681 hectares de florestas numa região em que predomina as áreas de proteção ambiental, notadamente uma boa parte do Parque Nacional da Serra do Divisor e da Reserva Extrativista do Alto Juruá, na fronteira com o Peru.


Essas informações são do movimento Não Fracking Brasil, que colocou o Acre entre as 13 áreas sob risco da exploração do xisto no País. Tetcnicamente, o fracking é o sistema usado para retirar o xisto do solo profundo. O fraturamento hidráulico, também conhecido com “fracking”, é utilizado para realizar perfurações e extração de gás, o chamado gás xisto, ou gás de folhelho, em inglês chamado de shale gas. De acordo com o Não Fracking Brasil, através da tubulação instalada, é injetada uma mistura de imensa quantidade de água e solventes químicos com potencial cancerígeno comprimidos. A grande pressão provoca explosões que fragmentam a rocha. Para que o buraco não se feche novamente, são injetadas enormes quantidades de areia, que supostamente evitam que o terreno ceda ao mesmo tempo em que permite, por sua porosidade, a migração do gás a ser extraído. O processo pode criar novos caminhos para a liberação de gás ou pode ser usado para ampliar os canais existentes. O fracking utiliza enormes quantidades de água, mais um fator de comprometimento dos mananciais.


Por ordem da Justiça, a prospecção do gás xisto está proibida no Acre. Em janeiro de 2015, a Justiça Federal em Cruzeiro do Sul acolheu os pedidos do Ministério Público Federal e em decisão liminar suspendendo todas as atividades decorrentes do processo de licitação e consequente outorga de contrato para a exploração e produção de petróleo e gás natural, por métodos convencionais ou não convencionais, referentes ao lote AC-T-8, que engloba terras na região do Vale do Juruá entre os estados do Acre e Amazonas.


As partes interessadas, como a Agência Nacional de Petróleo (ANP) recorreram da decisão e desde o dia 16 de junho o processo se encontra na mesa da juíza Alessandra Baldini com a tarja “concluso para decisão”.


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