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Deputado Major Rocha diz que por ser vascaíno não gosta dessa história de vice

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Nelson Liano Jr.

Conversei longamente por telefone com o deputado federal Major Rocha (PSDB) sobre o atual quadro político do Acre. Ele me explicou o “problema” com o presidente do DEM, Bocalom, com quem tinha um acordo político, que parece estar desfeito depois da sua aproximação da candidatura do senador Gladson Cameli (PP) ao Governo. “O Bocalom estava atacando o Gladson e falando por conta dele em nome da nossa coligação PSDB-DEM. Na democracia as coisas precisam ser combinadas antes de levadas ao público. Tenho o maior respeito pelo Bocalom, admito que tem uma força política, mas as coisas mudaram,” afirmou. Então indaguei se nessa aproximação dos tucanos com PP, PMDB e PSD não haveria a possibilidade do próprio Rocha ser indicado como candidato a vice. “Eu já sou vascaíno e tenho horror a essa história de vice,” ironizou rindo. Mas segundo o deputado, “é certo é que o PSDB vai entrar na chapa majoritária da oposição. Vamos tentar indicar uma das vagas ao Senado,” garantiu. Ele se mostrou tranquilo a espera do bater de martelo da escalação do time principal. Ainda deseja ser candidato a senador, mas já não tem o mesmo ímpeto. Parece que pode aceitar sair candidato à reeleição. Rocha também não descartou a possibilidade do PSDB indicar um outro membro do partido para vice, ou mesmo, ter uma nova filiação de alguém com perfil para missão.


“Não quero ser usado”
Rocha falou sobre um dos principais motivos da sua aproximação dos maiores partidos da oposição. “O pessoal do PT já estava dizendo que nós (PSDB) estávamos patrocinando um racha na oposição, mas isso não vai acontecer. Ficaria mais fácil para a FPA eleger os seus candidatos ao Senado e ao Governo com a gente se dividindo,” ponderou o deputado tucano.            


Terceira via descartada
Major Rocha fez ainda uma reflexão sobre a possibilidade de surgir uma terceira via na disputa pelo Governo do Acre. “Nesse momento aqui no Acre acho muito difícil o surgimento de uma terceira via competitiva. Tem que haver uma estrutura e muito planejamento para isso dar certo. Em São Paulo, em 2016, funcionou com o Dória (PSDB), mas era um outro contexto,” refletiu.


Questão de prudência
Rocha avaliou ainda que só seria candidato ao Senado com apenas dois nomes em disputa pela oposição. Acredita que se houverem mais candidaturas ficará fácil para o PT conseguir eleger os seus pretendentes. E se mostrou conformado com aquilo que o destino reserva para o PSDB em 2018.


Voto mantido
Na sessão da Câmara Federal que poderá autorizar ou não o prosseguimento do processo contra o presidente Temer (PMDB), no próximo dia 2, Rocha estará presente. “Mas vou manter meu voto a favor do prosseguimento do processo. Acho que a maioria da bancada do PSDB vai votar assim. O Governo deve ganhar, mas com um número de votos muito inferior ao anunciado. Isso significa que se vier uma outra denúncia, o Temer não vai resistir,” disse ele.


Mesma medida
Indaguei ao parlamentar do PSDB se essa postura não ajudaria a oposição formada pelos partidos de esquerda no Congresso Nacional. Rocha respondeu: “Quem se desvia e comete crimes tem que ser julgado. Vou usar a mesma régua que usei durante a votação do impeachment da presidente Dilma (PT),” finalizou.


Análise do colunista
Depois dessa conversa com o Rocha acredito que tudo se encaminha para que a maioria dos partidos de oposição se unam. Parece que o presidente do PSDB acreano aceitará uma disputa à reeleição, caso seja necessário. A questão da vice do Gladson ser do PSDB também me parece algo muito palpável. Senti ainda uma postura política muito diferente do deputado tucano em relação às articulações que aconteceram em 2016, quando o PSDB seguiu praticamente só na disputa pelas prefeituras acreanas. Resta saber qual o rumo irão escolher Bocalom e o deputado federal Alan Rick, que está por se filiar ao DEM.


Horror a vice
Outro político acreano vascaíno que tem horror a vice é o deputado federal Flaviano Melo (PMDB). Ele não aconselha ninguém a seguir esse caminho. Principalmente ao jovens políticos afirma que vice é fim de carreira.


Com a bênção do Reino
O presidente da Câmara de Vereadores de Rio Branco, Manoel Marcos (PRB) deverá disputar uma vaga a deputado federal, em 2018. Segundo a minha fonte, ele terá o apoio da Igreja Universal do Reino de Deus. As mesmas forças políticas apoiaram Alan Rick em 2014.


Disputa na fé
Se confirmada a candidatura de Manoel Marcos a disputa pelo voto evangélico para deputado federal será intensa. Henrique Afonso (PSL) recém voltou para a FPA e sempre é um candidato forte nesse setor. O outro nome ligado à Igreja Batista do Bosque é do atual deputado federal Alan Rick. Vai ser preciso muita oração para quem quiser se eleger.


Complicação
O deputado Alan Rick está fazendo um bom mandato. Mas poderá ter problemas para se reeleger se não souber fazer o jogo pré-eleitoral. Ele teve o apoio de várias denominações evangélicas em 2014. Além da estrutura do PRB que ocupava cargos federais chaves no Acre. Sem falar no apoio do governador Tião Viana (PT). Muito desse capital de Alan não existe mais.


Voto livre
Não acredito que a maioria dos fiéis evangélicos votem no candidato indicado pelas suas  lideranças. Como se costuma dizer, o voto evangélico quebra mais que arroz de terceira. Obviamente que o fato de alguém seguir uma determinada denominação religiosa não condiciona a sua postura política. Pode seguir a igreja que for e votar em quem quiser. O livre arbítrio é um dos atributos divinos concedidos aos seres humanos que serve também para as opções políticas e partidárias de cada um.


 


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