Os senadores acreanos Gladson Cameli (PP), Sérgio Petecão (PSD) e o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) estão na lista dos 199 políticos que serão investigados por uma suposta ‘farra de passagens’ a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que vai instaurar procedimento interno de investigação do caso que teria acontecido em 2009 envolve suspeita de venda de passagens da cota parlamentar para agências de viagem.
Segundo informações de jornais de circulação nacional, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou ao STF que vai instaurar uma “notícia de fato” (procedimento interno de investigação preliminar) para apurar se há indícios do envolvimento de 199 políticos com foro privilegiado no STF com o caso conhecido como “farra das passagens aéreas”. São deputados federais, senadores, ministros de Estado e ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) que já foram parlamentares.
O caso envolve suspeitas de que, entre 2005 e 2009, deputados negociavam com agências de viagens passagens da cota parlamentar. Os deputados estariam usando a cota para viagens de parentes e amigos. O escândalo foi revelado em março de 2009 pelo site Congresso em Foco. Depois disso, o então presidente da Câmara, Michel Temer, que havia assumido o cargo em fevereiro, anunciou mudanças no uso das passagens, restringindo viagens internacionais e limitando o benefício a parlamentares e assessores.
Um inquérito específico em relação a alguns deputados – aberto em 2005 – foi arquivado pelo Supremo, em 2016. Além disso, indícios relativos a pessoas sem foro privilegiado foram enviados ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). No mesmo procedimento, a Procuradoria da República na 1ª Região denunciou, no fim do ano passado, 443 ex-deputados pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público) e remeteu ao Supremo uma lista com 212 nomes de pessoas suspeitas de envolvimento que têm foro privilegiado.
Ao ac24horas, a assessoria de comunicação do senador Gladson Cameli afirma que são improcedentes e inverídicas as informações que supostamente seu nome estaria envolvido em “farras” de passagem aéreas, no período em que o mesmo exerceu mandato de deputado federal. “A Procuradoria Geral da Republica, ha dez anos, vem noticiando essa investigação sem nenhum fato concreto que possa comprovar ilicitude na emissão de passagens no período mencionado.
O senador Gladson Cameli vem colaborando com a Justiça e mais uma vez esta tranquilo com as ilações lançadas na mídia com o objetivo de tentar manchar seu nome”, informa comunicado.
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