Conversei com o senador Gladson Cameli (PP) sobre as “confusões” da oposição na pré-campanha ao Governo e ao Senado. Ele se mostrou convicto a ser candidato a governador em qualquer circunstância. Não cogita abandonar a sua trajetória, mesmo que a oposição lance outra candidatura. Também tem a certeza de que será inocentado em qualquer investigação da Lava-Jato, em que foi citado. Quanto aos vários candidatos oposicionistas ao Senado, Gladson disse que cada um sabe sobre o seu verdadeiro potencial eleitoral e que alguns deveriam conscientemente dar um passo atrás. Acompanhe a entrevista.
ac24horas – Como o senhor avalia a possibilidade do grupo do DEM-PSDB seguir um outro caminho e, possivelmente, ter uma outra candidatura ao Governo do Acre?
Gladson Cameli – As articulações na oposição estão andando muito bem. Lógico que esse grupo do DEM e PSDB quer o crescimento dos partidos deles. Acho isso natural. Surgem probleminhas sobre a chapa majoritária e a gente tem que construir pontes e não derrubá-las. Eu fui mal interpretado por alguns setores da oposição. A minha preocupação não é só a pré-candidatura ao Governo, mas ao Senado e as para deputados estaduais e federais. Precisamos ter chapas competitivas porque quem quer que seja o futuro governador do Acre vai precisar de uma base forte na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no Senado. Uma candidatura a mais da oposição vai prejudicar as vagas do Senado. E vai favorecer quem? Ao PT e a FPA. É isso que tenho alertado a todos. Para o Governo terá segundo turno, caso haja mais de uma candidatura de oposição. Então é aí que empata o debate. O que eu peço é que tenham essa consciência porque não estou pensando só em mim. Eu tenho mais quatro anos de mandato como senador e quero continuar lutando pelo desenvolvimento do meu Estado. Nós da oposição precisamos da consciência que, às vezes, é preciso recuar para termos êxito em 2018. E o nosso objetivo não pode ser só o Governo, mas também as vagas do Senado.
ac24horas – O senhor tem uma fórmula para fazer uma conversão de quatro ou cinco candidatos ao Senado pela oposição para apenas dois?
GC – Primeiramente cada um deles precisa ter humildade para saber até que ponto temos que dar um passo pra trás pra dar três pra frente. Isso que eu peço. Eu defendo que saiam os dois melhores. Eu não tenho preferências. E não precisa de pesquisa, cada pré-candidato sabe como está a sua situação no Estado. É natural isso. A não ser que não esteja andando, está certo? O que a maioria dos partidos decidir vou acatar. As pessoas precisam de sensibilidade, analisar o resultado das últimas eleições pra que a gente possa dar uma resposta positiva à sociedade acreana que quer a alternância de poder. Que possamos construir um plano de governo para ser executado em quatro anos porque a responsabilidade é muito grande para o próximo governador do Acre, seja o A ou seja o B. Precisamos fazer uma campanha limpa e correta, mas, sobretudo, na oposição precisamos urgência para que os problemas internos sejam resolvidos. Mesmo porque não é só do nosso lado que esses problemas existem. Em todos os grupos políticos eles existem. É preciso cuidado porque a população está nos assistindo. Até porque a classe política a nível de pesquisa está lá embaixo.
ac24horas – Se por acaso esse grupo PSDB-DEM lançar um candidato ao Governo, o senhor abandonaria a sua candidatura? O senhor já tinha dito que só sairia se pudesse contar com todas as forças de oposição. O senhor poderia mudar a sua ideia de ser candidato?
GC – Tem dois detalhes importantes. Quem estiver apostando que eu possa me prejudicar em qualquer problema, como a minha citação na Lava Jato, pode tirar o cavalinho da chuva. Não existe qualquer possibilidade de eu ser condenado a qualquer situação ilícita na minha vida, tanto privada quanto pública. Eu sou um livro aberto. Outro ponto: se meu nome continuar do jeito que está, ou melhor, lógico que sou candidato ao Governo. Indiferente de ter outro candidato da oposição. Só tenho que respeitar quem acha que está certo. Cabe à sociedade acreana decidir o que é melhor pra ela. Eu vou lutar até o último minuto para que possamos sair unidos e fortes. Até porque dizer que no segundo turno é que se une, não me interessa. Eu não trabalho com a opção do segundo turno. Vou trabalhar com a certeza de que poderemos ser vitoriosos no primeiro. Vou continuar fazendo o meu papel. Mas se lá na frente, vamos imaginar, em março, aconteça qualquer coisa que meu nome não seja mais o favorito, eu terei a humildade de dar um passo pra trás e apoiar quem estiver melhor do que eu
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