O rapé produzido pelos povos da floresta no Acre e do resto da Amazõnia virou notícia nacional por estar sendo usado pelos jovens que frequentam as baladas da noite de São Paulo. Fora quem está faturando com essa onde, muita gente não está gostando nem um pouco de saber que o rapé tradicional, que pode até conter folhas com o princípio ativo do Dimetiltripidamida (DMT), o mesmo da ayahuasca, está sendo usado com fins meramente recreativos e comerciais.
Uma dessas pessoas, o cacique kaxinawa Txuã Huni Kuin é contrário ao uso recreativo do pó. “O rapé é usado em rituais de cura e purificação. O rapé é sagrado para o meu povo. É um presente da sabedoria do Huni Kuin para o homem branco. O pajé é um médico. A universidade dele é a floresta. É lá que ele aprende tudo, desde criança, o valor de cada planta. Não tem dinheiro que compre essa sabedoria”, disse ele.
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