O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) apura a possível participação de agentes penitenciários na fuga de detentos do presídio Manoel Nery da Silva, em Cruzeiro do Sul, no último sábado, 22. Até o momento, dos 16 foragidos, apenas um foi recapturado. O órgão instaurou sindicância para averiguar as razões pelas quais nenhum dos agentes que prestavam serviço no local percebeu a ação dos detentos. Na parede da cela em que eles estavam foi aberto um buraco mais do que suficiente para a evasão.
Segundo a assessoria de imprensa do Iapen, a direção do órgão não descarta o envolvimento de toda a equipe de agentes plantonistas no presídio, no dia da fuga. Cada grupo de servidores é composto por um mínimo de 15 e um máximo de 20 pessoas.
Após concluída – e uma vez confirmado o envolvimento de agentes penitenciários – a sindicância vira processo a ser encaminhado à Polícia Civil, onde um inquérito deverá instaurado.
O envolvimento de agentes penitenciários em fugas de detentos acarreta a perda do cargo público, além de pena que pode variar entre três meses e um ano de prisão – ou multa. O crime também resulta na suspensão dos direitos políticos da pessoa condenada por até cinco anos.