A situação das contas da prefeitura de Rio Branco não é uma das mais favoráveis. Apesar de adotar medidas de austeridade, ao editar o decreto 1.324, publicado em maio deste ano, que estabelece medidas administrativas para contenção e otimização de despesas nas secretarias e órgãos do município, o prefeito Marcus Viana tem tido dificuldades para colocar a máquina pública para funcionar.
Alegando que o Brasil passa pela maior crise econômica de sua história, cortes mensais de repasses federais e queda na arrecadação, Marcus Viana pode ter que tomar medidas mais duras ainda em seu segundo mandato como prefeito. Apesar de não reconhecer a situação publicamente, o Comitê Orçamentário Financeiro (COF) da prefeitura já estaria trabalhando com planos de cortes de servidores comissionados e terceirizados. Especula-se que cerca de 10% de cada segmento seja demitido, caso a economia e os repasses federais não se recuperem no decorrer do ano.
Procurada, a assessoria de comunicação da prefeitura afirmou que Marcus Viana têm adotado medidas e feito ajustes fiscais para garantir a prestação de serviços essenciais na educação, saúde, pagamento de salários de servidores e a manutenção básica da cidade, mas que não reconhece a medida de corte de pessoal, apesar de não descartar a possibilidade para o futuro. “Mas se a situação se agravar, e for necessário fazer para garantir os serviços essenciais, será feito. Mas no momento não será feito”, disse Andreia Forneck, diretora do Departamento de Comunicação da PMRB.
Com o cenário adverso a investimentos, o comitê financeiro da prefeitura trabalha com o risco de algumas situações que podem render desgaste político como obras bancadas com recursos próprios paradas, o que é descartado por Andreia, que enfatiza que a determinação do prefeito é para que as obras em andamento tenham continuidade.
Segundo apurou o ac24horas, as obras bancadas com recursos federais e emendas parlamentares não sofreriam cortes e seria terminadas. Oficialmente, a prefeitura de Rio Branco destaca que novas obras não serão iniciadas enquanto a crise não for controlada.
Outro ponto exposto na administração municipal seria a possibilidade de algumas secretarias não terem recursos para fechar o mês. “Orçamento existe, mas o financeiro está cada mais mais escasso em razão da crise econômica e redução de repasses federais e receitas próprias”, disse Andreia.
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